História - Maragogipe (BA)
Por volta de 1520, a riqueza natural da região ocupada pelo atual município de Maragogipe (BA) e as boas condições do porto - onde atracava qualquer embarcação de grande ou pequeno calado - atraíram alguns exploradores que resolveram ali fixar residência. Uma tribo de índios Aimoré dominava a margem direita do Rio Peroaçu - mais tarde Rio Paraguaçu - no trecho em que este recebe as águas do Rio Guaí e os dois cursos d`água formam extensos manguezais.
A colonização da região foi iniciada pelos portugueses com a extração de madeira, plantação de cana-de-açúcar e mandioca, e construção de engenhos de açúcar e casas de farinha. A povoação localizava-se em terras da sesmaria de Paraguaçu (ou Paroaçu), doada a D. Álvaro da Costa, por seu pai D. Duarte da Costa, 2º Governador-Geral do Brasil, em 1557. A sesmaria foi transformada em Capitania, pelo Cardeal Regente, D. Henrique, em 1565.
A povoação construída a partir da capela erguida no local - e dedicada a São Bartolomeu - foi elevada à categoria de freguesia em 1640, pelo Bispo Dom Pedro da Silva Sampaio, com a denominação de Freguesia do São Bartolomeu do Maragogipe. No início de 1724, quando uma grande seca devastou a Bahia, o Conde de Sabugosa, na época quarto Vice-Rei do Brasil, fez uma viagem de inspeção pelo interior do Estado para conhecer suas cidades, vilas e freguesias.
Os habitantes pediram que a freguesia fosse elevada à categoria de vila, o que ocorreu no mesmo ano. Como prova de reconhecimento, os habitantes de Maragogipe ofereceram ao Conde de Sabugosa, 2.000 alqueires de farinha de primeira qualidade, para o sustento da tropa, dádiva recebida com muito apreço devido à grande escassez de alimentos, provocada pela seca. A Vila de Maragogipe, elevada à cidade em 1850, recebeu o título de "Patriota Cidade".