Patrimônio Cultural e Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes de Curt Nimuendajú: Política Pública e Diversidade Linguística
Como citar: LEÃO, Ana Carolina Rezende. Patrimônio Cultural e Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes de Curt Nimuendajú: Política Pública e Diversidade Linguística. 163 fls. Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural) - IPHAN, Rio de Janeiro, 2020. |
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Autora: |
Ana Carolina Rezende Leão |
Unidade de desenvolvimento das práticas profissionais: |
Departamento de Patrimônio Imaterial - DPI |
Orientadora: |
Ana Carmen Amorim Jara Casco |
Supervisor das práticas supervisionadas: |
Marcus Vinícius Carvalho Garcia |
Banca examinadora: |
Ana Carmen Amorim Jara Casco (Presidente) - Mestrado Profissional do Iphan Claudia Feierabend Baeta Leal - Mestrado Profissional do Iphan Jorge Domingues Lopes - Universidade Federal do Pará (UFPA) Marcus Vinícius Carvalho Garcia - Iphan / DPI |
Data da defesa: |
24 de julho de 2020 |
Resumo: O objetivo da pesquisa foi compreender a relação entre Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes (1942; 1943; 1944), de Curt Nimuendajú, com o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). O mapa foi analisado como referência e como fonte para o projeto Plataforma Interativa da Diversidade Linguística, em andamento no contexto das Políticas Públicas sobre Diversidade Linguística empreendidas pela DTDL/DPI/IPHAN, no campo do Patrimônio Cultural. O mapa mostra a localização espaço-temporal das línguas indígenas no Brasil e países próximos, as famílias linguísticas por agrupamento diferenciado por cores, a direção migratória das etnias indígenas e as etnias extintas. Também foram analisadas as variadas edições do mapa (1981; 2017) e sua relação com as instituições públicas. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico sobre Políticas Públicas, especificamente Políticas Linguísticas, Direitos Linguísticos, INDL, IPHAN, o mapa de Curt Nimuendajú, Nimuendajú enquanto etnógrafo e suas atuações profissionais e científicas; também foi analisada a produção textual de Nimuendajú e os textos de outros autores por ele organizados em seu referencial bibliográfico para elaboração do mapa. Além disso, foram produzidas fontes orais a partir de entrevistas realizadas com os antropólogos que participaram da 1ª edição do mapa (1981), sendo eles George Zarur (2018) e Olympio Serra (2018). O mapa (1942; 1943; 1944) tem sua 1ª edição (1981) publicada no contexto do CNRC e da SPHAN/Pró-memória, em parceria com o IBGE; a 2ª edição (2017) é publicada pelo IPHAN, parte de projeto em andamento que será finalizado com a implantação da plataforma virtual, que funcionará como um banco de dados, além de georreferenciar etnias e línguas indígenas representadas no mapa. A plataforma permitirá atualizar e incluir dados, por parte de pesquisadores, sobre outras línguas e dialetos de outras comunidades linguísticas minorizadas. Os resultados da pesquisa mostram as mudanças que a instituição sofreu na década de 1970 e 80, incorporando a preocupação com identidades minoritárias, momento em que o conceito de cultura ganha força na análise de bens culturais. Dessa forma, a diversidade cultural foi gradativamente sendo debatida no campo do Patrimônio Cultural. Com a plataforma virtual, pode-se dizer que a intenção de Nimuendajú é concretizada: o mapa como uma obra aberta e em construção, atualizando constantemente as informações nele presentes. Outro ponto importante é ressaltar o reconhecimento de uma língua ou dialeto como um Direito Linguístico, parte dos direitos difusos, e associado ao direito do bem cultural. |
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Palavras-chave: Inventário Nacional da Diversidade Linguística; Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes; Diversidade Linguística; Patrimônio Cultural; Curt Nimuendajú. |
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Título da Dissertação em espanhol |
Patrimonio cultural y mapa etnohistórico de Brasil y regiones adyacentes de Curt Nimuendajú: políticas públicas y diversidad lingüística |
Abstract: El objetivo de la investigación fue comprender la relación entre el Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes1 (1942; 1943; 1944), de Curt Nimuendajú, con el Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL).2 El mapa fue analizado como referencia y como fuente para el proyecto Plataforma Interativa da Diversidade Linguística,3 en marcha en el contexto de Políticas Públicas sobre Diversidad Lingüística emprendidas por DTDL/DPI/IPHAN, en el ámbito del Patrimonio Cultural. El mapa muestra la localización espacio-temporal de las lenguas indígenas en Brasil y países vecinos, las familias lingüísticas por agrupación diferenciada por colores, la dirección migratoria de las etnias indígenas y extintas. También se analizaron las distintas ediciones del mapa (1981; 2017) y su relación con las instituciones públicas. La metodología utilizada fue el relevamiento bibliográfico sobre Políticas Públicas, específicamente Políticas Lingüísticas, Derechos Lingüísticos, INDL, IPHAN, el mapa de Curt Nimuendajú, Nimuendajú como etnógrafo y sus actividades profesionales y científicas; También se analizó la producción textual de Nimuendajú y los textos de otros autores organizados por él en su referencia bibliográfica para la elaboración del mapa. Además, se produjeron fuentes orales a partir de entrevistas con antropólogos que participaron en la edición del mapa (1981), a saber, George Zarur (2018) y Olympio Serra (2018). El mapa (1942; 1943; 1944) tiene su 1ª edición (1981) publicada en el contexto de CNRC y SPHAN/Pró-Memória, en asociación con IBGE; la 2ª edición (2017) es publicada por IPHAN, parte de un proyecto en marcha que finalizará con la implementación de la plataforma virtual, que funcionará como base de datos, además de georreferenciar los grupos étnicos y lenguas indígenas representadas en el mapa. La plataforma permitirá a los investigadores actualizar e incluir datos sobre otras lenguas y dialectos de otras comunidades lingüísticas minorizadas. Los resultados de la investigación muestran los cambios por los que pasó la institución en las décadas de 1970 y 1980, incorporando la preocupación por las identidades minoritarias, época en que el concepto de cultura cobra fuerza en el análisis de los bienes culturales. Así, la diversidad cultural se fue debatiendo gradualmente en el ámbito del Patrimonio Cultural. Con la plataforma virtual se puede decir que la intención de Nimuendajú se realiza: el mapa como una obra abierta y en construcción, actualizando constantemente la información presente en él. Otro punto importante es enfatizar el reconocimiento de una lengua o dialecto como un Derecho Lingüístico, parte de los derechos difusos, y asociada al derecho al bien cultural. |
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PALABRAS CLAVE: INDL; Inventario Nacional de la Diversidad Lingüística, Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes; Diversidad Lingüística; Patrimonio Cultural; Curt Nimuendajú. |