Mariana (MG)

Mariana - primeira cidade e primeira capital de Minas Gerais - é a única de traçado planejado entre as cidades coloniais mineiras. O seu centro histórico, tombado pelo Iphan, em 1945, apresenta um acervo arquitetônico composto por nobres monumentos que marcam os anos áureos da opulência do passado marcado pela mineração de ouro. Seu traçado urbano policêntrico pontilhado por igrejas, Passos da Paixão e chafarizes revela o efeito cênico típico da estética barroca de influência portuguesa.

Entre os muitos monumentos religiosos destacam-se a Catedral de Nossa Senhora da Assunção (Igreja da Sé, uma das mais antigas igrejas mineiras), o Seminário Maior de Mariana (de estilo neoclássico), o conjunto de sobrados (localizado na Rua Direita, com casas comerciais no térreo e sacadas no andar superior, sendo uma delas a casa onde viveu o poeta Alphonsus Guimarães), e as pinturas sacras de Manoel da Costa Athaíde.

Projetada pelo arquiteto português José Fernandes Pinto Alpoim, Mariana apresenta traçado com ruas retas e praças retangulares, seguindo os preceitos modernos, o que ainda pode ser notado, apesar de sua expansão e da constante descaracterização sofrida. Na segunda metade do século XVIII, surgiram os edifícios institucionais e, ao final do século, todo o seu acervo arquitetônico estava constituído. Única vila da província que teve seu traçado urbano planejado no período colonial, distanciando-se, nesse aspecto, das demais vilas do ciclo do ouro.

Sua origem está ligada à exploração do ouro pela bandeira comandada pelo coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça que se fixou à margem de um ribeirão, onde fundou, em 1696, o arraial ao qual deu o nome de Ribeirão do Carmo, em homenagem ao dia de Nossa Senhora do Carmo, iniciando a construção de uma capela provisória. Fernandes Furtado e seus homens encontraram ouro às margens do ribeirão. Os bandeirantes se fixaram nesse arraial que se transformaria em um dos principais fornecedores do minério para Portugal.

O modesto arraial adensava-se dia a dia, atraindo considerável multidão de vários do Brasil e de Portugal, para a exploração das mais importantes jazidas auríferas de Minas, iniciando o Ciclo do Ouro, que durou mais de um século e em cujo período floresceram numerosas localidades mineiras. Em 1711, foi elevado à categoria de vila. Durante todo o período do Brasil Colônia foi a primeira vila, a única cidade e a principal capital de Minas Gerais.

A vila, em pouco tempo, transformou-se em principal centro de comércio e instrução de Minas Gerais. Durante o governo dom Pedro de Almeida Portugal, conde de Assumar (governador e capitão-mor da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro), rompeu-se o equilíbrio penosamente mantido pelos seus antecessores, com a revolta contra a cobrança de impostos. Como decorrência desse acontecimento foi criada, em 1720, a Capitania de Minas Gerais.

A partir de 1743, a expansão da localidade a pedido do governo português, subordinou-se à planta elaborada pelo arquiteto português José Fernandes Pinto Alpoim. Em 1745, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Mariana, em homenagem à rainha Maria Ana de Áustria, esposa de D. João V. Mariana foi a primeira vila de Minas Gerais e a primeira localidade da capitania a receber foros de cidade.

Ainda em 1745, a cidade recebeu o Bispado, mediante bula do Papa Bento XIV, e seu primeiro titular frei Manuel da Cruz. O Bispado, por onde passaram 10 titulares, foi elevado a Arcebispado em 1906, com a posse de dom Silvério Gomes Pimenta. Mariana ficou conhecida, ao longo do tempo, como a “cidade dos bispos”. O florescimento das Ordens Terceiras, na segunda metade do século XVIII, Mariana - como ocorreu em outras cidades da Capitania e do país - beneficiou Mariana com a construção de seus templos.  

Na Praça João Pinheiro, a poucos metros uma da outra, estão as igrejas erguidas pelas poderosas irmandades de São Francisco de Assis e do Carmo. As igrejas de Nossa Senhora das Mercês e do Rosário, pertencentes às irmandades dos pretos, se distanciam daquelas: a primeira situada a cinco quarteirões da praça e a outra em uma elevação mais afastada. Não tendo alcançado o desenvolvimento de Ouro Preto, Mariana possui menos edifícios civis e templos do que a antiga Vila Rica.

Monumentos e espaços público tombados: Igreja da Nossa Senhora Rainha dos Anjos, Igreja de Nossa Senhora da Glória, Capela de Santana (Capela de Nossa Senhora de Santana),  Casa da Rua Direita, Casa do Conde de Assumar, Casarão dos Morais e Centro Cultural no Seminário Menor, Praça São Pedro, Praça Minas Gerais, Praça Santo Antônio, Praça Tancredo Neves, Praça Barão de Camargo, Praça Dom Silvério, antigas pontes e capelas dos Passos, entre outros.

Casa do Barão de Pontal (Casa à Rua Direita, Solar de Mariana) - Construída na segunda metade do século XVIII, para uso residencial e, mais tarde, serviu como sede local dos Correios e Telégrafos. A casa apresenta algumas particularidades que a destacam entre as mais notáveis edificações da época: dois pátios internos fechados, para iluminar, ventilar e facilitar a circulação; e as sacadas em pedra-sabão, em delicado rendado, consideradas únicas no gênero no Brasil e que conferem à edificação excepcional valor como exemplar da arte de ornamentação arquitetônica no período colonial mineiro.

Casa Capitular - Atual Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. Instalado na antiga Casa Capitular, o Museu Arquidiocesano de Mariana, obra do final do século XVIII e também planejada por Arouca, possui mobiliário raro e magníficas peças de arte sacra. O acervo do Museu, inaugurado em 1962, reúne as peças mais importantes que se encontravam nas igrejas, no seminário e no próprio Palácio Arquiepiscopal. A Casa Capitular é uma construção em alvenaria que se destaca pelo apuro construtivo e, ao mesmo tempo, pela excepcional elegância dos detalhes arquitetônicos e decorativos. Há detalhes de delicada inspiração rococó que é um dos melhores exemplares no gênero. A fonte da Samaritana, também tombada, foi transferida para o Museu.

Casa com Rótulas (Casa à Rua do Rosário) - É um dos raros exemplares remanescentes de casa urbana. O imóvel foi doado pelos seus proprietários à União, por escritura datada de 1947. Trata-se de um imóvel residencial, tendo como divisas o córrego Catavela de um lado, uma propriedade particular do outro e, aos fundos, o rio Piracicaba.

Casa de Câmara e Cadeia (Casa à Praça João Pinheiro, Paço Municipal) - Atual Prefeitura Municipal de Mariana. Um dos exemplares mais curiosos da arquitetura colonial de Mariana, teve sua construção iniciada em 1768 e concluída trinta anos depois. Com as igrejas do Carmo e São Francisco, forma o belo conjunto arquitetônico da Praça João Pinheiro. O edifício foi construído no local onde anteriormente se situavam os antigos quartéis dos Dragões, instalados ao tempo do Conde de Assumar. O Registro das Condições de Arrematação do edifício é, no gênero, documento ímpar pela riqueza de preceitos relativos à demarcação de uma obra, e a trabalhos de alvenaria, cantaria e serralharia, além das preocupações urbanísticas e estéticas. Assemelha-se às muitas quintas nobres de Portugal, a exemplo das residências rurais em Vila Real. As composições arquitetônicas e maciças caracterizam-na como uma rica edificação.
 
Seminário Menor e Capela de Nossa Senhora da Boa Morte (Seminário de Mariana, Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte) - A Arquidiocese fundou, em 1750, o Seminário Maior de Mariana é a casa de instrução mais antiga de Minas Gerais e foi construído em estilo neoclássico.  Sua criação deveu-se a preocupação do primeiro bispo de Mariana, D. Frei Manuel da Cruz, com a necessidade de um estabelecimento para o ensino de humanidades, em sua diocese. O conjunto de edificações do Seminário da Boa Morte substituiu o imóvel particular conhecido como Chácara da Intendência, adquirido pelo bispo para instalação do estabelecimento. As imagens que ainda figuram nesses altares são as mesmas da época de fundação e construção do Seminário, entre 1750 e 1754: imagens de Santo Inácio, São Bento, São Bernardo, os crucifixos, a Virgem da Boa Morte e Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Mercês, além de uma bela imagem de madeira de Nossa Senhora da Conceição, considerada a mais antiga de Mariana, que serviu no altar da primitiva capela de Nossa Senhora da Conceição, atual Sé. O forro da capela-mor, em abóbada, apresenta pintura de caráter ilusionista, de autoria de Antônio Martins da Silveira (1782).

Igreja de Nossa Senhora do Rosário - Localizada em Santa Rita Durão, distrito de Mariana, a 40 km da sede urbana. Datada da segunda metade do século XVIII, conserva as características do estilo sóbrio de 1720. Cercada por muro baixo e precedida por pequeno adro e um mata-burros - ambos de pedra - constitui uma composição típica de igrejas mineiras. Internamente, a capela de Nossa Senhora do Rosário é valorizada pela presença intensa de elementos artísticos e decorativos. O altar colateral do lado do Evangelho é atribuído ao Aleijadinho. A pintura abrange todo o seu forro, que se estende da nave à capela-mor. Além dos painéis do forro, todos a têmpera, as colunas e os arcos são revestidos de tábuas pintadas.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - A iniciativa da construção, por volta de 1752, coube às irmandades do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, confrarias de pretos que anteriormente tinham sua sede na chamada Capela do Rosário Velho, atual Santo Antônio. As obras de pintura e douramento do altar-mor foram executadas bem mais tarde por Manuel da Costa Athaíde, em 1823, e a pintura do teto da capela-mor e a das suas paredes laterais, além de vários objetos de culto. Trata-se de edificação representativa, pelas características do material utilizado, dos novos recursos construtivos adotados em Minas Gerais, em meados do século XVIII. Tanto no altar-mor como nos laterais, o ouro é parcimoniosamente distribuído, cedendo lugar à predominância do branco em toda a decoração, o que vem conferir suavidade ao conjunto. A pintura do teto da capela-mor, executada a têmpera, tem como tema central a Assunção da Virgem.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês - Construída pela Irmandade de Nossa Senhora das Mercês, durante a segunda metade do século XVIII. A Igreja se assemelha, tanto na arquitetura como na decoração da talha, com a capela da Arquiconfraria de São Francisco, construída pela mesma época. As imagens são em madeira, decoradas em ouro. O altar do lado da Epístola, é consagrado a Nossa Senhora do Parto, obra também rara, talhada em madeira e dourada. Destacam-se, no conjunto, as grades do coro e a balaustrada da nave, em madeira torneada, de jacarandá preto. Além das imagens de boa qualidade, a igreja conserva na sacristia painéis, objetos de cunho religioso, uma mesa artística que pertenceu ao Frei Cipriano e poltronas em estilo Luís XV, que foram de D. Manuel da Cruz, primeiro bispo de Mariana.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Considerada a mais bela igreja de Mariana, corresponde à terceira modalidade do barroco mineiro. Em 1759, iniciou-se a construção de uma capela provisória e as obras da igreja definitiva foram iniciadas em 1784.  O risco do retábulo-mor, de autoria do reverendo Félix Antônio Lisboa, meio-irmão do Aleijadinho, data de 1797, sabendo-se que a talha foi executada entre esta data e 1819, sendo o douramento realizado por Francisco Xavier Carneiro, discípulo de Manuel da Costa Athaíde, em 1826. É também de sua autoria a pintura do teto e o douramento dos altares laterais. A igreja é considerada um dos últimos belos exemplares do rococó em Minas.

Igreja da Sé (Igreja Catedral de Nossa Senhora da Assunção) - A Sé, antiga Igreja Matriz, é uma das mais ricas, importantes e antigas igrejas mineiras, construída a partir de 1713. Originou-se da primitiva capelinha da Conceição, fundada em 1703, pelo capitão Antônio Pereira Machado. É uma construção de pedra e cal, caracterizando-se exteriormente pelo aspecto sóbrio, conferido pelo barroco jesuítico. Seu interior encerra um dos mais ricos e significativos conjuntos de talha de Minas Gerais, revelando todas as etapas do barroco luso-brasileiro. A suntuosa decoração arquitetônica da capela-mor comprova o alto grau de refinamento atingido pelos arquitetos de Minas em meados do século XVIII. A pintura dos forros da nave e capela-mor foi executada por Manuel Rabelo de Souza, em 1760. Merece referência especial o órgão doado no século XVIII por D. João V à Sé de Mariana. Com apenas um similar conhecido no mundo, instalado na Sé de Faro, em Portugal, esse órgão é fruto de um meticuloso trabalho artesanal. Construído na Alemanha no início do século XVIII, chegou a Mariana em 1752, sendo assentado na igreja por Manuel Francisco Lisboa, pai do Aleijadinho. Todo policromado, possui sete metros de altura por cinco metros de largura.

Igreja de São Francisco de Assis - Construída por iniciativa da Ordem Terceira de São Francisco, entre 1762 e 1794. Além do conhecido empreiteiro José Pereira Arouca, trabalharam na capela alguns notáveis artistas, como Manuel da Costa Athaíde e Francisco Vieira Servas. Entre os trabalhos realizados por Athaíde, está o douramento do retábulo do altar-mor e do altar de Santa Izabel, e encarnação da imagem. Os trabalhos de douramento dos demais altares foram realizados entre fins do século XVIII e princípios do século XIX. A pintura do forro da nave é atribuída ao artista Francisco Xavier Carneiro, enquanto os painéis do forro da sacristia são atribuídos a Manuel da Costa Athaíde. Localizada na mesma praça onde se ergue a Igreja do Carmo, a construção é toda de pedra, com duas torres também de pedra ladeando o frontão pouco curvilíneo, encimado por cruz patriarcal.

Igreja Matriz de Bom Jesus do Monte - Construída em 1745, em substituição à primitiva capela. Ali trabalhou José Pereira Arouca, contratado pela Rainha D. Maria I. A igreja se filia ao tradicional partido das igrejas mineiras da primeira metade do século XVIII, com a nave e capela-mor ladeadas por corredores e, na parte posterior, a sacristia e o consistório dispostos transversalmente em dois pavimentos. Além de sua própria beleza, destaca-se pela sua notável localização paisagística, tendo, nas proximidades, interessante cruz patriarcal sobre escadaria de pedra. As coberturas das torres, o desenho do coroamento da portada e os recortes sinuosos do frontão, conferem maior elegância à composição. Internamente a edificação conserva, em quase todos os ambientes, os pisos originais em tabuado corrido e campas e forros em tabuado liso. O conjunto de talha dourada é composto por cinco retábulos e o arco-cruzeiro, todos remanescentes da primitiva igreja, destacando-se o altar-mor, não só pelas suas grandes proporções, mas também pela originalidade de sua decoração.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição - Considerada uma das mais antigas de Minas, pertence ao grupo típico de antigas matrizes mineiras de princípios do século XVIII. Erguida no alto de uma colina, apresenta adro cercado por murada de pedra e escadaria à frente que leva a um belo cruzeiro também de pedra, colocado em um ponto mais baixo, constituindo um conjunto original dentro da implantação urbana de Minas Gerais desse século. Internamente apresenta aspecto característico das igrejas das proximidades de Mariana. O retábulo do altar-mor, ocupando todo o fundo do presbitério, apresenta decoração profusa em talha, com muitas esculturas, elementos zoomorfos e fitomorfos e dossel estilizado, da primeira fase do barroco. Os altares colaterais são também profusamente trabalhados em talha e esculturas.

Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré - Construída durante a segunda metade do século XVIII. O teto apresenta pintura de gosto rococó, em perspectiva ilusionista, convergindo para o painel central, onde se encontra representado o milagre de Nazaré: a Virgem nos céus protegendo o cavaleiro Dom Fuas Roupinho, à beira do penhasco, enquanto o veado caçado voa para o abismo. A qualidade da pintura é ingênua, apresentando, entretanto, traçado elegante dos concheados e da rocaille. Margeando o quadro central no sentido longitudinal, vemos as figuras dos apóstolos São Pedro, com as chaves (arco-cruzeiro) e São Paulo, com a espada (coro) e no sentido transverso, as figuras do dominicano São Tomás de Aquino e do franciscano São Boaventura. Nos quatro cantos, em balcões, estão os quatro grandes doutores da Igreja. Esta pintura é atribuída a João Batista de Figueiredo, pintor dos mais conceituados nas Minas Gerais do século XVIII e reconhecido, hoje, como um dos mais importantes daquele período.

Igreja Matriz de São Caetano - Construção iniciada em 1730, por iniciativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Parcialmente concluída em 1742, suas obras e trabalhos de decoração se estenderam ao longo dos séculos XVIII e XIX. Chama a atenção o fato de, em local de população tão pobre, ter sido construído um templo bem opulento, com seu interior ricamente decorado, por talhas douradas, em cuja construção se empregaram artistas e artífices diversos de esmerada mão-de-obra. Contrastando com a exuberância da talha, a pintura é constituída por quatro painéis localizados nas paredes da capela-mor, atribuídos ao pintor D. Vicente José de Nicolta.
 
Capela de Nossa Senhora dos Anjos da Arquiconfraria de São Francisco (Igreja de São Francisco da Confraria, Capela dos Anjos) - Construída pela Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, a partir de 1784. Estudos comparativos indicam que é possível que os artistas Romão de Abreu, José Antônio de Brito e Manuel da Costa Athaíde tenham participado das obras. Essa capela apresenta interior simples, com altares compostos de colunas retas, arcos, capitéis e rendilhado acompanhando o estilo das colunas. O altar-mor é composto por bela talha e abriga uma imagem antiga de Nossa Senhora dos Anjos. Nos nichos laterais estão imagens igualmente antigas de São Francisco e São Domingos, enquanto na sacristia, pintura a óleo de excelente qualidade retrata Nossa Senhora. Destaca-se o quadro bastante expressivo, pela concepção e execução artística, representando São Francisco na meditação e no êxtase, junto ao símbolo da Sagrada Paixão e Morte de Cristo. Nas laterais, há o cemitério onde estão enterrados os Irmãos pertencentes à Irmandade.

Passo da Ladeira do Rosário e o Passo da Ponte da Areia (Passo da Flagelação) - A construção dos chamados Passos da Paixão (ou Oratórios) se deveu à Irmandade do Senhor dos Passos, criada em Mariana nos primórdios da povoação, antes mesmo da instituição da Vila do Ribeirão do Carmo, em 1711. Até 1743, o trajeto da Procissão dos Passos correspondia ao percurso entre a Igreja do Rosário Velho e a Igreja Matriz (atual Catedral). Ao longo desse itinerário, os primitivos passos se formaram pelas ruas em oratórios. Trata-se de uma pequena capela, de caráter popular, embutida numa casa residencial de taipa, de dois pavimentos. Apresenta porta almofadada em duas folhas, com verga curva e pequeno óculo na parte superior. O acesso ao Passo é feito por escada de cinco degraus.

Fonte da Samaritana - Encontra-se no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, com outras obras de arte produzidas em Minas Gerais, nos séculos XVIII e XIX. Trata-se de uma peça excepcional de escultura, com trabalhos em baixo-relevo representando o episódio do Cristo e da Samaritana. Nesta representação, as características indiscutíveis do Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho são visíveis no planejamento e no tratamento das mãos e cabelos de Cristo, assim como na atitude e posição de sua da cabeça. A cena é enquadrada por uma moldura rococó irregular nos concheados, ricamente criativa.

Obras do PAC Cidades Históricas

Restauração:
Catedral da Sé de Nossa Sra. da Assunção e da Casa Capitular - Museu de Arte Sacra
Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar - Museu do Imaginário
Casarão dos Morais
Capela de Santo Antônio e requalificação do Largo
Capela de Nossa Senhora da Boa Morte e do Centro Cultural do ICHS/Ufop
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (implantação do Museu Vieira Servas)
Antiga Casa de Câmara e Cadeia - Câmara de Vereadores
Sobrado da Rua Direita, 61/65 (implantação do Museu)
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Igreja de São Caetano
Igreja Matriz de Bom Jesus do Monte
Igreja de Santana
Igreja Nossa Senhora das Mercês
Capela de Nossa Sra. Rainha dos Anjos/Arquiconfraria de São Francisco
Sobrado da Prefeitura
Teatro Municipal
Capela Santo Antonio Pompeu
Casarão do Museu do Ouro e anexo
Casarão do Conselho de Arte
Igreja de São Francisco
Igreja Nossa Sra. do Rosário
Capela do Pilar

Requalificação:
Antiga Prefeitura - Centro Cultural/Artesanato
Largo São Francisco
Largo do Rosário

Requalificação urbanística:
Rua Dom Pedro II

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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