Viçosa do Ceará (CE)
O conjunto histórico e arquitetônico de Viçosa do Ceará, uma das mais importantes vilas de índios do Brasil do século XVIII, foi tombado pelo Iphan, em 2003. A cidade - constituída sobre o traçado urbano desenvolvido no século XVIII - consolidou-se entre fins do século XIX e início do século XX. A área tombada corresponde ao contorno da Praça Clóvis Beviláqua, onde se localiza a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, acrescido de trechos das ruas adjacentes, preservando o quadro paisagístico que envolve a igreja. Destacam-se, neste local, 72 casarões de comprovado valor arquitetônico.
Localizada na microrregião da Serra de Ibiapaba, noroeste cearense, a cidade se encontra encravada em um santuário ecológico, a 740 metros de altitude e cercada de vegetação nativa e fontes de águas cristalinas. Sua paisagem de exótico relevo revela-se em perfeita harmonia com seu clima de serra. Viçosa foi berço de ilustres cidadãos como o jurista Clóvis Beviláqua, e seu patrimônio arquitetônico colonial - construído a partir de 1695 - é o testemunho vivo de três séculos da história do local.
Ao redor da Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção ergueu-se a Aldeia da Ibiapaba, uma das principais missões jesuítas do Brasil, no século XVII. É uma paisagem notável da Serra de Ibiapaba, também denominada Serra Talhada, na divisa do Ceará com o Piauí para a banda do Ceará, onde se ergue uma encosta a pique - verdadeira muralha. No alto, está a ciade, cuja Igreja Matriz tem, à sua frente, ampla praça ladeada por casario vinculado à arquitetura vernacular, diretamente ligada aos diferentes modos de construir a partir de materiais encontrados na própria região e, muitas vezes, com técnicas passadas de geração em geração.
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