São Félix (BA)
O tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de São Félix, pelo iphan, ocorreu em 2010. A cidade - localizada no Recôncavo Baiano e banhada pelo rio Paraguaçu - ainda preserva uma relação compatível entre a ocupação urbana e a geografia da região, e mantém uma interação histórica, urbanística e paisagística com Cachoeira, situada na outra margem do rio. As duas cidades estão ligadas por uma ponte de ferro construída por ingleses e inaugurada por D. Pedro II, em 1859.
Além do traçado urbano original se conservar praticamente intacto, pode ser identificada uma variedade de edificações destinadas aos mais diversos usos (residenciais, religiosos, administrativos, industriais e de serviços) constituídos por casas térreas, sobrados, vilas operárias, igrejas, mercado, fábricas, armazéns, trapiches, entre outros. O traçado inclui o leito da ferrovia até a antiga estação ferroviária, a Ponte Dom Pedro II e a orla do rio. A arquitetura segue o estilo colonial, com prédios datados dos séculos XVII, XVIII e XIX.
Chamada “Cidade Industrial” por ter sido a maior exportadora de charutos da República e, em função de tal avanço, foi beneficiada com a inauguração da antiga Estrada de Ferro Central da Bahia, em 1881. Também é conhecida por ter se destacado durante as lutas e mobilização social para a Independência da Bahia. Na Praça Inácio Tosta, está a casa onde morou o poeta abolicionista Castro Alves (1847 - 1871), autor do livro Espumas Flutuantes e que nasceu na vizinha cidade de Cachoeira.
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