Mestre Zé de Bibi

Mestre Zé de Bibi é o responsável pelo Museu do Cavalo-marinho e com sua rebeca, as máscaras e a dança encanta crianças e adultos que visitam o Sítio Histórico do Cavalo-marinho.Localizado na zona rural do município de Glória do Goitá (PE), o local possui casinhas com a porta ladeada por duas janelas, a igreja e a casa de farinha, onde vive José Evangelista de Carvalho, mais conhecido como Mestre Zé de Bibi. Desde 1962, ele se dedica à divulgação e à preservação da cultura popular, ensinando crianças e encantando os visitantes do Sítio Histórico do Cavalo-Marinho. Uma das casas do local foi transformada em museu que preserva a história do folguedo pernambucano e abrigando inúmeras peças que contam a história brincadeira. 

Sua dedicação à divulgação e à preservação desse patrimônio cultural lhe rendeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, da edição de 2009. Mestre Zé de Bibi faz farinhada, contando prosas aos amigos da comunidade, e cuida da barraquinha que vende bolo de goma, tareco (um biscoitinho feito com massa de pão de ló, muito apreciado em Pernambuco) e outras comidas típicas.  É neste ambiente tipicamente nordestino que Zé Bibi faz sua arte de dançar e representar personagens: Ora Viva, Silvestre, Soldado, Caroca, Burra, Calunga, Ema, Caboclo de Pena, Perna de Pau, Empata Samba, entre outros. 

Com a participação de 18 moradores da comunidade, o Mestre envolve a todos com as máscaras e a dança do Cavalo-Marinho. Sua ação de salvaguarda desse bem imaterial foi reconhecida pelos prêmios que ganhou - além do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade - entre eles o de Construtores da Cultura – 2008 (promovido pela Secretaria de Cultura do Recife), o Prêmio Culturas Populares - Cem Anos de Frevo - Maestro Duda, em 2007 (promovido pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura), e o Prêmio do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife, em 2008. 

Ainda hoje, no Sítio Histórico do Cavalo-Marinho, ele incentiva crianças e jovens de sua comunidade e de cidades vizinhas a manter grupos de Cavalo-Marinho Mirim, promovendo o intercâmbio de alunos que visitam o museu e assistem ao espetáculo. Desta forma, eles entram em contato com a arte e aprendem a amá-la e preservá-la, o que cria condições de continuidade e sustentabilidade para o folguedo. Além disso, a ação desenvolvida pelo mestre visa promover festas e eventos que permitam a integração dos visitantes com a dança, além da degustação de comidas típicas. 

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