Seminário reúne especialistas para debater formação em gestão do patrimônio

Pesquisa e Capacitação de Recursos Humanos foi o tema debatido na manhã desta quinta (25), no Seminário Gestão do Patrimônio no MERCOSUL. O evento que teve início segunda-feira (22) e segue até o próximo sábado (27), no Rio de Janeiro, é realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Lucio Costa de Formação para Gestão do Patrimônio.

Participaram da mesa de debate entidades que trabalham com a capacitação de gestores de patrimônio cultural e natural.  Dentre elas, a Academia Nacional da Biodiversidade – ACADEBio, focada na formação profissional para conservação da biodiversidade. “No total abarcamos 310 unidades de conservação no país, o que demonstra a nossa responsabilidade e compromisso, no que tange a conservação das espécies ameaçadas, pesquisa e monitoramento, uso sustentável de recursos naturais e proteção e ambiental. Esses são alguns dos desafios, que nos deparamos no dia-a-dia e para isso precisamos de profissionais qualificados para lidar com essas situações”, avaliou o coordenador da ACADEBio, Ricardo Brochado.

A participação internacional se deu com Graciela Maria Vinuales, diretora do Centro de Estudos e Documentação – Cedodal, ligado ao Departamento de História da Universidade do Nordeste na Argentina. Fundada em 1998, o Cedodal é uma fundação privada, que se dedica a promoção das artes e da arquitetura no continente americano. O Centro tem por base os acervos bibliográficos, hemerográficos e documentais reunidos pelos irmãos arquitetos Ramón Gutiérrez e Graciela María Viñuales, ao longo de trinta anos de investigação na América e Espanha.

A experiência na formação de profissionais, advindas de cursos de graduação e pós-graduação voltados para a conservação e recuperação de bens culturais, foi apresentada por Luiz Antonio Cruz Souza, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Segundo o professor, a UFMG vem investindo em pesquisa por meio de laboratórios especializados como, por exemplo, o de Ciência da Conservação e Laboratório de Documentação Científica por Imagem.

O debate contou ainda com a participação de Silvio Mendes Zanchetti, do Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI). O Centro localizado em Pernambuco tem como missão promover a conscientização, o ensino e a pesquisa sobre a conservação integrada urbana e territorial dentro da perspectiva do desenvolvimento sustentável. Suas atividades são voltadas as comunidades técnica e acadêmica brasileira e internacional.

Já Eloísa Petti Pinheiro, coordenadora do Curso de Especialização, Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos (CECRE), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), relatou a atuação do Curso que oferece mestrado na área, para uma platéia formada por arquitetos, superintendentes do Iphan, pesquisadores e gestores de patrimônio dos países do MERCOSUL.

A coordenadora da mesa e diretora de Articulação e Fomento do Iphan, Márcia Rollembeg, avaliou que “todas as instituições presentes são parceiras naturais do Centro Lucio Costa, e que poderão contribuir de forma a integrar uma rede de formação para gestão do patrimônio cultural e natural”. 

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