Em entrevista, superintendente do Iphan-RS diz que a população ajuda sobre o que preservar

publicada em 27 de março de 2012, às 14h54

 

A capital gaúcha é hoje referência internacional em cidadania quando se trata de Orçamento Participativo. O modelo utilizado em Porto Alegre foi adotado em várias cidades no mundo. Além disso, a cidade também é precursora de outra experiência em participação e cidadania: a iniciativa de intervir no planejamento urbano e a luta pela preservação de edificações tidas como referência para a sociedade.

Os movimentos de bairro surgiram em Porto Alegre há dez anos, questionando a descaracterização de áreas da cidade. Em entrevista concedida ao Jornal do Comércio no dia 26 de março, a Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Sul (Iphan-RS), Ana Lúcia Meira, analisa esse fenômeno observando que há manifestações pontuais nesse sentido desde 1920, algo que pode ser considerado pioneiro no Brasil.

Um dos pontos destacados por Ana é a contribuição do público. “Um bem que os técnicos jamais valorizariam é a caixa d’água da Ilha da Pintada, em Porto Alegre. Para a população de lá, é o maior patrimônio que eles têm. Não significa que não possa ser patrimônio, só porque os arquitetos não acham bonito”.

Quando questionada se a inclusão de moradores no planejamento urbano tinha alguma relação com o Orçamento Participativo, a Superintendente reforça: “Acredito que tem a ver com a cultura do Estado, que é participativa. Eles sabem o que querem: a preservação da sua qualidade de vida e do patrimônio, que está inserido nessa perspectiva”.

A entrevista na íntegra pode ser conferida em: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=89626

 

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