Relação entre Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável é tema de evento internacional

publicada em 02 de fevereiro de 2012, às 13h15

 

A cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, receberá entre 05 a 08 de fevereiro, o “Encontro de Especialistas em Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável” que reunirá cerca de 40 participantes de diferentes países e instituições para refletir sobre a incorporação dos princípios do desenvolvimento sustentável à preservação e salvaguarda do patrimônio cultural e vice-versa.

Organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em conjunto com a Unesco, o Encontro tem por objetivo debater a incorporação de princípios do desenvolvimento sustentável na gestão do patrimônio cultural e se constituir em estância preparatória para a Conferência das Nações Unidas Rio+20, que acontecerá em junho no Rio de Janeiro.

De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, a missão de preservar a memória, para assegurar as gerações futuras o conhecimento de sua história é inerente ao trabalho do Instituto. Portanto, não pode existir preservação patrimonial sustentável, sem integração com as demais políticas públicas, como as de combate à pobreza; o desemprego; a promoção da saúde e a conservação da natureza. “Este Encontro e a Rio +20 significam a reiteração e a ampliação do compromisso do Iphan com o futuro, à medida que se consolidam nas ações da instituição, os princípios do desenvolvimento sustentável para ampliar a preservação do patrimônio cultural em suas dimensões material e imaterial. O patrimônio cultural brasileiro deve cada vez mais, se constituir em um agente do desenvolvimento sustentável” afirmou o presidente.

O mapa mundi de distribuição dos bens Patrimônio Mundial, 936 bens em 153 países, evidencia a relação do desenvolvimento econômico e social, com preservação do Patrimônio Cultural ao exibir a concentração de bens na Europa. Em oposição está á lista de bens em situação de perigo, concentrados em sua maioria na África. “Logo, nosso compromisso passa a ser não apenas o da preservação e salvaguarda, mas o da elevação dos padrões educacionais, da renda e do emprego, enfim, dos indicadores socioeconômicos em níveis recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências”, complementou Luiz Fernando.

Segundo o presidente, cada vez mais a dimensão cultural deverá ser superveniente às outras dimensões do desenvolvimento, como a social, a econômica e a ambiental, relegando ao passado as soluções parciais, incapazes de proporcionar alternativas para uma realidade complexa e dialética. “Ao refletir sobre novas possibilidades e alternativas de gestão, não basta olharmos o local, mas o global, pois o mundo cada vez mais fica menor” concluiu o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.

 

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