publicada em 14 de dezembro de 2011, às 14h51

Em reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) realizada na última semana em Brasília, foram analisados 827 projetos culturais que pleiteiam autorização para captação de recursos com apoio na Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Entre eles, está o projeto da segunda etapa das obras de restauração da Igreja de Santa Efigênia em Ouro Preto, Minas Gerais, que teve aprovação dos recursos pleiteados conforme parecer emitido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A obra foi iniciada em 2008, apoiada pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) em processo apresentado pelo Museu de Arte Sacra do Carmo, e sua primeira etapa contou com serviços de restauração arquitetônica, estrutural e dos elementos artísticos da nave e do coro. Destacou-se a recuperação de todos os altares e do forro, que haviam passado por processo de deterioração a partir de várias camadas de sujeira que foram removidas. 

Devido principalmente ao mau estado de conservação e ao grande ataque de insetos, a obra consumiu mais recursos do que o montante previsto inicialmente, ficando pendentes para uma segunda etapa os serviços de iluminação, sonorização, prevenção e combate a incêndios, e restauração completa da sacristia, consistório e corredores laterais. Agora, a liberação foi complementada com mais R$ 585.772,66, totalizando R$ 909.394,50 que devem garantir a conclusão dos serviços.

Segundo Rafael Arrelaro, chefe do Escritório Técnico em Ouro Preto, já em outubro de 2010 o Iphan manifestou-se favorável aos custos das obras de engenharia e arquitetura que não foram iniciadas. “Desde então temos nos esforçado para que as obras sejam retomadas e na última semana tivemos esta boa notícia, que é uma sinalização para a conclusão das obras”, disse.

Para o Superintendente do Instituto em Minas Gerais, Leonardo Barreto de Oliveira, é mais um passo importante na preservação deste Patrimônio Cultural de importância internacional: “Ouro Preto é Patrimônio Cultural da Humanidade, e a Igreja de Santa Efigênia tem destaque dentro deste conjunto. Temos um compromisso muito grande do Iphan para que as obras sejam retomadas o quanto antes para devolver a Igreja à comunidade”.

O Iphan cumpriu seu primeiro papel, que é a análise dos custos solicitados, cabendo à instituição proponente, o Museu de Arte Sacra do Carmo, buscar o patrocínio e viabilizar a retomada das obras. O cronograma prevê duração mínima de oito meses no custo aprovado, de R$ 909.394,50. A expectativa é que a Igreja seja devolvida à comunidade de Ouro Preto integralmente restaurada como havia sido projetada há séculos atrás.

Mais informações:
Glayson Nunes
Assessor de Comunicação
Superintendência do Iphan em Minas Gerais
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