publicada em 07 de dezembro de 2011, às 14h23

A igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição que teve o início de sua construção em 1703 e finalizada 100 anos depois, protegida individualmente pelo Iphan desde 1948, será restaurada.

Foram liberados R$ 3,7 milhões para as obras arquitetônicas e de elementos artísticos, informa a chefe do Escritório Técnico do Iphan no Serro, Sra. Kelly Diniz. Para a chefe, “a população de Conceição do Mato Dentro terá muito a comemorar, principalmente porque amanhã, dia 08/12 é dia de Nossa Senhora da Conceição e ela á a padroeira da cidade e sua Matriz ficou fechada por um longo período”. 

Os moradores recebem a boa notícia que irá recompor as características barrocas da igreja como presente pelos 309 anos que a cidade completará no dia de sua Padroeira.

Nos últimos anos obras emergenciais foram feitas na Matriz para conter a degradação do templo e foram gastos aproximadamente R$ 300 mil. O BNDES financiará a restauração e a Fundação Casa da Cultura, já protocolou toda a documentação necessária, ela é a proponente, responsável pela captação dos recursos que já tem a previsão de início das obras em janeiro de 2012.

Os técnicos da Superintendência do Iphan-MG irão acompanhar os trabalhos realizados na restauração da igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

A Padroeira
No Brasil, o culto teve início na Bahia em 1549, quando Tomé de Souza chegou a Salvador trazendo uma escultura da santa. Ela foi a protetora de nosso país no período colonial e foi proclamada “Padroeira do Império Brasileiro” por Dom Pedro I. Já no despontar do século XX, com o advento da República, o título cedeu lugar a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que é a antiga imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Conceição do Mato Dentro, MG)
Filiando-se ao partido tradicional das matrizes mineiras da primeira metade do século XVIII, esta igreja apresenta planta composta de nave, capela-mor e duas sacristias que se estendem ao longo das paredes. As torres, são cobertas por telhados de quatro águas. O conjunto de talha dourada que reveste os três altares, datáveis de meados do século XVIII e de autoria desconhecida, é de excelente qualidade apesar da pintura descaracterizadora. Na sacristia da direita está um excepcional conjunto de pinturas, constituído pelo painel do forro e uma série de painéis emoldurados situados acima do arcaz. Sua composição caracteriza-se pela extrema liberdade das formas que a constituem e pela predominância da tonalidade rosa no colorido, contrastando com a representação do Santo Sudário ao centro do forro. Ladeia a composição, uma varanda abalaustrada e florida, sobre a qual estão assentadas as figuras femininas simbolizando a fé, a esperança, a caridade, a temperança e os cinco sentidos.

Mais informações:
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Glayson Nunes
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