Sistema de Segurança será implantado na Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia em MG

publicada em 30 de novembro de 2011, às 15h53

 

Conhecida como Igreja das Mercês de Cima e protegida isoladamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 8 de setembro de 1939, através do processo nº. 0075-T-38, Livro de Belas Artes, receberá a realização dos serviços de instalação/implantação de Sistema de Segurança Eletrônica – Detecção de Intrusão, Fumaça e Circuito Fechado de TV (CFTV) para prevenção contra roubo, vandalismo e incêndio.

As obras irão começar em dezembro de 2011 e o prazo estabelecido pelo Iphan em Minas para a realização dos serviços contratados no valor de R$ 172.973,89, é de 90 (noventa) dias.

O Chefe do Escritório Técnico de Ouro Preto, Sr. Rafael Arrelaro, informou à Paróquia que no período em que a Igreja estiver em obras, será necessária a colaboração da Irmandade em suspender as atividades religiosas no templo durante o período, visando o benefício permanente na conservação e zelo do monumento.

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia
Descrição: A Irmandade de Nossa Senhora das Mercês foi instituída em Vila Rica entre os anos de 1740 e 1754 e funcionou primeiramente na Capela de São José, onde permaneceu por cerca de 20 anos. Tão logo decidiu a construção do seu próprio templo, obteve a licença eclesiástica em 8 de outubro de 1771, iniciando-se no ano seguinte as obras de construção. Estas foram arrematadas por Henrique Gomes de Brito e embora tivessem evoluído rapidamente, apenas pequena parte da igreja encontrava-se concluída por ocasião da trasladação da imagem de Nossa Senhora das Mercês da Igreja de São José para a nova capela, em fins de 1773.

No início de 1774, Henrique Gomes de Brito arrematava a obra nos telhados da nave e, em 1782, o carpinteiro Inácio Pinto Lima foi contratado para fazer o risco do arco-cruzeiro, pregar o forro e assentar os altares. No ano seguinte, o artista Manuel Francisco de Araújo assume a execução de dois dos seis altares previstos.

O historiador Cônego Raimundo Trindade relacionou uma extensa lista de artistas e oficiais que trabalharam na edificação da Igreja das Mercês. Contudo, diante das lacunas da documentação arquivística, não há como compor uma cronologia rigorosa de sua construção, tornando sua história um pouco obscura. Segundo Furtado de Menezes, antes mesmo da conclusão das obras, uma parte da construção ameaçava ruína, determinando a sua reconstrução. Ao que parece, estas obras tiveram início em princípios do século XIX e se estenderam por mais de 60 anos. Nesta fase construtiva, o projeto inicial foi alterado, advindo dessa mudança a substituição por torre única central.

O cemitério anexo foi construído em 1828. Embora construída na segunda metade do século XVIII, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês assemelha-se às construções do início do século, pela rígida marcação de seu volume arquitetônico, dividido em dois blocos quadrangulares compostos pela nave e capela-mor. Os corredores laterais, ao longo da Capela-mor, são encimados por tribunas de grande simplicidade A particularidade da fachada reside na torre única central, edificada no século XIX, que Paulo Ferreira Santos em “Arquitetura Religiosa em Ouro Preto” caracteriza como tipo evoluído das capelas com estrutura de esteios de madeira, a exemplo de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, Mercês e Arquiconfraria de São Francisco em Mariana, Santana e Rosário dos Pretos em Conceição do Mato Dentro.

A adoção da torre única em Nossa Senhora das Mercês, provocou total reformulação da fachada primitiva, que pode ser constatada pela mutilação do coro. Quanto à ornamentação, merece referência especial o medalhão da portada, executado em 1810, apresentando as características formais do estilo Aleijadinho, ao qual foi atribuída a autoria durante muito tempo. Os altares da nave estão sob a invocação de Santa Catarina de Alexandria, Santo Antão, São Lourenço e Nossa Senhora da Saúde. No altar-mor encontram-se a primitiva imagem de Nossa Senhora das Mercês e as imagens de São Pedro Nolasco e São Raimundo Nonato. Os altares laterais, em número de quatro, são peças de grande simplicidade, assim como os dois púlpitos de madeira.

Mais informações:
Assessor de Comunicação
Glayson Nunes
Superintendência do Iphan em Minas Gerais
glayson.nunes@iphan.gov.br
(31) 3551 3260 / 3222 2440
(31) 9315 6621

 

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