Iphan entrega obras do PAC Cidades Históricas na Chapada Diamantina

publicada em 18 de agosto de 2011, às 13h53

 

Nos próximos dias 24 e 25 de agosto, a Superintendência do Iphan na Bahia entrega as obras de Conservação e estabilização da Igreja de Santana, no município de Rio de Contas, e as obras de Conservação do Cemitério de Santa Isabel, no município de Mucugê, respectivamente. Foram investidos recursos do PAC das Cidades Históricas, na ordem de R$ 650 mil em Rio de Contas, e na ordem de R$ 250 mil em Mucugê.

Na primeira intervenção foram realizados os serviços de substituição de cobertura, revisão geral da estrutura do telhado, revisão de instalações, reforço de alvenarias e estruturas, construção de anexo com espaços de apoio, urbanização do entorno imediato e adequação à legislação de acessibilidade universal. Já no Cemitério de Santa Isabel, foram feitas a revisão de instalação elétrica, construção de mausoléus em gavetas, limpeza geral, paisagismo, pintura e recomposição de alvenarias e adornos.

Ainda na Chapada Diamantina, encontram-se em fase de contratação as obras de Conservação do Cemitério e Igreja de São Sebastião, com previsão de investimento de R$ 150 mil; da Praça do Mercado, com previsão de investimento de R$ 100 mil, ambos em Andaraí, distrito de Igatú. Também deverão ser realizados os serviços de Restauração dos Bens Móveis e Integrados da Igreja do Santíssimo Sacramento, em Rio de Contas, com investimentos previstos de R$ 1 milhão. As intervenções estão previstas nos Acordos de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC.

A Igreja de Santana, Rio de Contas
A igreja de Santana além de integrar o Conjunto Arquitetônico protegido de Rio de Contas, foi tombada individualmente pelo Iphan em 1958. Trata-se de monumento da primeira metade do século XVIII. De acordo com o processo de tombamento, a igreja é recuada em relação às edificações vizinhas e precedida por um adro que se articula com sua nave por ampla escadaria. Em alvenaria de pedra, nunca chegou a ser concluída, tendo suas obras paralisadas, em torno de 1850, devido ao êxodo da população local para outra região mineira. Sua composição adota raro partido, com três naves e capela-mor que se comunica com as sacristias que lhe são justapostas, através de arcos.

No fundo da capela-mor, janelas altas conferem-lhe uma característica especial. É possível que este modelo tenha sido trazido à região pelos mineiros que aí chegaram no período do ciclo diamantífero. Naves laterais e torres não ultrapassam o nível do térreo e, ao que tudo indica, seriam as primeiras recobertas por galerias. Seu frontispício apresenta três portas de acesso em arco pleno, superpostos por janelas rasgadas de igual número, sendo encimada por frontão recortado e pináculos que coroam os cunhais. Seus muros em alvenaria de pedra não são rebocados, exceção feita ao frontão e trecho superior da fachada.

O Cemitério de Santa Isabel, Mucugê
Integrante do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, tombado pelo Iphan em 1980 o cemitério de Santa Isabel fica na encosta rochosa da Serra do Sincorá, a noroeste da cidade de Mucugê. Sua construção foi iniciada em 1854, pela Câmara Municipal e concluída em 1886, quando uma epidemia assolou a Vila. A escolha deste sítio aconteceu, provavelmente, por causa dos terrenos planos fáceis de escavar e próximos da cidade.

O cemitério está dividido em duas partes: uma plana, murada, situada sobre os terrenos de aluvião do vale onde estão as covas rasas e a outra, constituída por um conjunto de mausoléus implantado sobre a encosta rochosa da serra. Os mausoléus brotam da rocha nua, como a vegetação, numa integração similar às "locas" ou "tocas", habitação dos garimpeiros que na região se instalavam.

Serviço:
Entrega das obras da Igreja de Santana em Rio de Contas e do Cemitério de Santa Isabel em Mucugê, Bahia
Data:
24 e 26 de Agosto de 2011
Horário: às 10 h

Iphan-BA
(71) 3321-0133
iphan-ba@iphan.gov.br

 

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