Seminário debate preservação do patrimônio arqueológico maranhense

publicada em 17 de agosto de 2011, às 14h09

 

Divulgar e proteger o patrimônio arqueológico do Maranhão. Esses são os principais objetivos do Seminário Nacional Arqueologia e Sociedade, que tem início nesta quarta-feira, 17 de agosto, em São Luis, e reúne, até o dia 19, arqueólogos renomados internacionalmente. A solenidade de abertura será às 18h30, com a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, no Auditório Central da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Às 19h30 será realizada a conferência magistral de abertura com o tema Arqueologia e sociedade: Construindo diálogos e parcerias para a preservação do patrimônio arqueológico, com o presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, Eduardo Góes Neves. A abertura da Exposição Maranhão Arqueológico está marcada para as 21h.

De acordo com a superintendente do Iphan-MA, Kátia Bogéa, é necessário proteger o rico patrimônio arqueológico maranhense em função do crescente número de empreendimentos que vêm sendo implantados em diferentes regiões do estado. Neste sentido, o Seminário visa instrumentalizar os procedimentos de licenciamento ambiental, discutindo estratégias de pesquisa, gestão e divulgação do patrimônio arqueológico para a comunidade científica e ao público em geral.

O patrimônio arqueológico maranhense
O Maranhão possui um rico patrimônio arqueológico espalhado pelas diferentes regiões do Estado. A diversidade paisagística se reflete nas distintas formas de ocupação do território por povos do passado. Os vestígios arqueológicos atestam o valioso legado cultural, que aos poucos vem sendo revelado.

Esses bens são representados pelos sambaquis, presentes no litoral e que confirmam a ocupação da costa há cerca de seis mil anos, e pelos vestígios de antigas aldeias de povos que viveram de forma sedentária até momentos antes da colonização europeia. Na Baixada Maranhense, os lagos e riachos foram ocupados por grupos humanos que habitavam “palafitas pré-históricas”, também chamadas de estearias. São casas suspensas por esteios que se espalhavam por quilômetros de extensão. No planalto maranhense em regiões mais interioranas, povos nômades que viviam da caça e da coleta há mais de nove mil anos ocuparam os vales protegidos por serras e deixaram registradas nas chapadas pinturas e gravuras rupestres de fundamental importância para pesquisa arqueológica.

O contato abrupto com os europeus na Ilha de São Luís e a posterior ocupação e fixação dos portugueses nesse território, no início do século XVII, resultou na desestruturação de modos de vida dos grupos pré-históricos que já ocupavam o território maranhense. A colonização do Maranhão, partindo de São Luís através dos rios, colocou em confronto colonos e os povos tradicionais, inaugurando um novo momento histórico na região. Os frutos desse processo também resultaram em um rico acervo arqueológico, exemplificado, principalmente, pelos núcleos históricos das cidades mais antigas e por inúmeros bens de interesse patrimonial, como fortificações, curtumes, igrejas, engenhos e quilombos.

Serviço:
Seminário Nacional Arqueologia e Sociedade

www.arqueologiaesociedade.arqueologos.com.br
Data: de 17 a 19 de agosto de 2011
Local: Auditório Central da Universidade Federal do Maranhão – UFMA - São Luis - MA

Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares
adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 2024-5476 ou 2024-5475| www.iphan.gov.br | www.twitter.com/IphanGovBr

 

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