Iphan debate Educação Patrimonial no Festival de Inverno de Ouro Preto

publicada em 18 de julho de 2011, às 16h53

 

Colocando a educação como um processo de desafio permanente, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, abriu o II Encontro Nacional de Educação Patrimonial, em Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo ele, “esse desafio é para todas as áreas e não apenas para o campo da cultura. O Iphan é parceiro às três esferas governamentais, além de ONGs, instituições privadas e representações da sociedade civil no processo de incentivar na população a valorização da cultura”. Também participaram da mesa de abertura a diretora do Departamento de Articulação e Fomento (DAF-Iphan). Márcia Rollemberg, o superintendente do Iphan em Minas Gerais, Leonardo Barreto, o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Osvaldo, e o reitor da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, João Luís Martins. O II Encontro Nacional de Educação Patrimonial reúne, ainda, representantes de todas as superintendências do Iphan, do Sítio Roberto Burle Marx, do Centro Nacional de Arqueologia ed o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.

O encontro, cujo tema é Estratégias para a construção e implementação de uma política nacional, segue até o próximo dia 22, Centro de Artes e Convenções da UFOP, e faz parte da programação do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana. O objetivo é pactuar estratégias para uma política nacional de Educação Patrimonial, como parte da estratégia para a consolidação do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural. A presença de vários setores da sociedade será também uma oportunidade de fortalecimento de uma rede diversificada de profissionais, instituições públicas e privadas, estudantes e grupos da comunidade capaz de multiplicar ações de valorização do patrimônio cultural brasileiro como elemento chave para a identidade nacional e sociedades sustentáveis.

O encontro é promovido pelo Iphan em parceria com a UFOP e inaugura a participação do Iphan na Curadoria de Patrimônio do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, por meio da Casa do Patrimônio de Ouro Preto. Além do Encontro, o Iphan oferecerá uma seleção de oficinas, instalações e exposições que contemplam a diversidade cultural e oferecem ao público a possibilidade de vivenciar e refletir sobre as questões referentes ao patrimônio cultural brasileiro.

Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana
O primeiro Festival de Inverno de Ouro Preto ocorreu em 1967, a partir da iniciativa de professores da escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG para levar a arte à coletividade. Realizado mesmo durante a ditadura militar, o Festival criou espaços para o debate e reflexão.  Em 2004, a Universidade Federal de Ouro Preto assumiu a realização do Festival, envolvendo também a cidade de Mariana com a proposta de integração das atividades culturais nas duas primeiras capitais de Minas Gerais. Ainda hoje, o caráter artístico e educacional valoriza o espírito coletivo e garante a continuidade do processo de repensar praticas salvaguardando as bases culturais que constituem a sociedade, seus valores e a continuidade de sua história.

Todas as atividades do festival são pensadas e executadas a partir de um eixo temático. Em 2011, o tema 300 anos das Vilas de Minas homenageia Ouro Preto, Mariana e Sabará, pelo legado de história e cultura. Cidades reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro, sendo Ouro Preto também reconhecida como Patrimônio Mundial, têm como grande desafio a valorização de seus bens culturais, importantes na construção da memória e identidade nacional.

As primeiras vilas mineiras, conhecidas como Vilas do Ouro foram fundadas no século XVIII, em 1711: as vilas de Ribeirão do Carmo (Mariana), Vila Rica (Ouro Preto) e Vila Real N. Sra. Da Conceição (Sabará). Hoje, são reconhecidas pelos historiadores como representantes da terceira onda civilizatória nas Américas, antecedida apenas pelos Astecas e Incas. Desta forma, o Festival celebra a grande importância das minas gerais, que desde suas origens contribui para o processo histórico brasileiro, principalmente pelo estilo de vida e de arte singular. No período de 8 a 24 de julho museus, exposições, filmes, peças teatrais, oficinas, seminários, gastronomia, artesanato, ecoturismo e shows vão formar um grande circuito de arte e cultura brasileira, tendo como referência o estado de Minas Gerais considerado, por sua diversidade, a síntese do país.

A Curadoria de Patrimônio e o Iphan
Esse ano, o Iphan inaugura sua participação na Curadoria de Patrimônio através da parceria com a UFOP em decorrência de sua atuação regional no campo da Educação Patrimonial chancelada como Casa do Patrimônio. Sendo assim, a curadoria, ao considerar a abrangência das atuações do Iphan, selecionou oficinas, instalações e exposições que contemplam a diversidade cultural e oferecessem ao público a possibilidade de vivenciar e refletir sobre as questões referentes ao patrimônio histórico e artístico nacional.

O 300 anos das Vilas de Minas inspira a recepção de profissionais, estudiosos e cidadãos comprometidos com a formação crítica para a valorização, preservação e ressignificação dos patrimônios nacionais durante o II Encontro Nacional de Educação Patrimonial. Durante o encontro, a curadoria pretende reunir as experiências dos diversos segmentos para delinear a Educação Patrimonial no país. Assim, reunir arte, história, cultura, natureza, educação e política é o desafio encampado pela curadoria nessa proposta de intervenção patrimonial no Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana em 2011.

A programação completa do Festival de Inverno pode ser conferida no site do evento: http://www.festivaldeinverno.ufop.br/2011/

Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicação@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Walquiria Muniz – walquiria.muniz@iphan.gov.br
 (61) 2024-6187 / 2024-6194
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