publicada em 14 de outubro de 2014, às 14h57

Mecanismos de financiamento, gestão público-privada e sistema nacional do patrimônio foram alguns dos temas discutidos por técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ministério da Cultura Colombiano, em missão realizada entre os dias 01 e 24 de setembro, em ambos os países.
 
Coordenado no Brasil pela Área Internacional do Iphan (ARIN), as atividades fazem parte do projeto de intercâmbio Técnico-Cultural para o período 2011-2014 que visa, por meio da troca de experiências, avançar em assuntos como a gestão compartilhada do património nos diferentes âmbitos governamentais, sobretudo junto às comunidades portadoras e receptoras destes patrimônios.
 
A primeira etapa da missão realizada este ano entre 01 a 12 de setembro foi desenvolvida na capital brasileira, e contou com a presença de dois técnicos colombianos que conheceram e debateram, junto aos técnicos e diretores do Iphan, suas experiências. Os especialistas também realizaram visitas aos sítios tombados de Brasília (DF) e Pirenópolis (GO), bem como ao Ministério da Cultura para conhecer os desafios do sistema MinC na formulação e implementação de políticas de cultura no Brasil.

Já a segunda etapa foi desenvolvida na Colômbia, entre 15 a 26 do mesmo mês e contou, ao final, com a presença da presidente do Iphan, Jurema Machado, que assinou, junto com diretor de Patrimônio do Ministério da Cultura colombiano, Juan Luis Londoño, um termo de compromisso contendo propostas para desenvolvimento de ações conjuntas de interesse comum no campo do patrimônio cultural a serem realizadas no período de 2015-2017. Para a presidente do Iphan, “os encontros oportunizam a troca de experiências sobre instrumentos, projetos e desafios das políticas de proteção do patrimônio cultural, bem como de integração e desenvolvimento social e econômico dos países”. 

O projeto bilateral previsto para os próximos anos terá, entre outras finalidades, fortalecer os sistemas de patrimônio cultural; avançar nos trabalhos relativos à gestão compartilhada; impulsionar a sustentabilidade econômica-social e ambiental do patrimônio cultural também na América Latina e Caribe; bem como avançar nos objetivos do Plano de ação da Unesco para a região.  

As ações serão detalhadas pelo grupo técnico de intercâmbio em reunião que será realizada no início do ano que vem. Os sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade que serão objeto de estudo já estão definidos: na Colômbia, porto, fortalezas e conjunto monumental da cidade de Cartagena e, no Brasil, o centro histórico de Salvador (BA). Ao final, está previsto um seminário a ser realizado em ambos os países, para se discutir as experiências de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural nesses centros históricos.