Iphan comemora bicentenário de nascimento do escultor goiano Veiga Valle

publicado em 06 de setembro de 2006, às 14h09

 

Abre amanhã, dia 07 de setembro, às 20h, na Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, a exposição “Portal da Fé”, com trabalhos de artistas da cidade de Vila Boa, em Goiás (GO). A mostra inicia as comemorações do bicentenário de Nascimento do Escultor Goiano José Joaquim da Veiga Valle, organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura, Diocese de Goiás e o Conselho Diocesano do Museu de Arte Sacra da Boa Morte.

Programação:
Dia 08/09
20h
- abertura da exposição “Retrospectiva da Obra de Veiga Valle” e recital com o Quinteto de Cordas Veiga Jardim, no Museu de Arte Sacra da Boa Morte.

Dia 09/09
6h
- alvorada com a Banda de Música do 6° BPM, repique dos sinos das igrejas e queima de fogos.
10h - recital em homenagem ao escultor Veiga Valle, com seus descendentes.
19h - missa solene em homenagem ao bicentenário de nascimento de Veiga Valle, na Catedral de Sant’Ana.
21h30min - abertura da exposição de Artes Plásticas dos descendentes do escultor, no Palácio Conde dos Arcos

Dia 10/09
9h
- desfile da Banda Phoênix de Pirenópolis pelas ruas de Goiás e Toccata da banda na Catedral de Sant’Ana.

Veiga Valle 
José Joaquim da Veiga Valle, natural de Pirinópolis (antiga cidade de Meia Ponte), nasceu em 1806 e morreu, aos 68 anos de idade, em Goiás. O escultor deixou um legado de arte, considerado barroco tardio, cuja obras são patrimônio nacional por sua originalidade e maestria. Artista sacro-erudito, exímio escultor e pintor de imagens, Veiga Valle inspirava-se em motivos religiosos para elaborar suas peças esculpidas em cedro. Utilizando técnica própria para a preparação e tratamento da madeira, sua escultura é marcada pelos talhes firmes, equilíbrio das composições, movimento das peças e a expressão angelical de suas imagens. Mantos, véus e túnicas trazem em baixo relevo trabalhos em ouro, em motivos inéditos, desenhados com maestria.

Museu de Arte Sacra
O Museu de Arte Sacra da Boa Morte teve sua origem na Cúria Diocesana, onde foram abrigadas imagens, readquiridas gradativamente pela Cúria. Em 1967, o acervo foi transferido para a Igreja da Boa Morte, incorporando-se a ele os seus altares laterais. A partir de 1983, o Iphan firmou convênio com a Diocese de Goiás. Aberto ao público em 1969, sua coleção é constituída por peças litúrgicas em prata e prata dourada, talhas, lampadários, paramentos com bordamento em ouro e prata, imagens sacras, oratórios, mobiliários e objetos de uso dos bispos. O conjunto de obras mais representativo do Museu é a coleção de imagens sacras barrocas de Veiga Valle.

Igreja da Boa Morte 
A capela construída em 1777, em devoção a Santo Antônio dos Militares, logo passou à Confraria dos Homens Pardos. Serviu como Matriz Provisória até 1964, quando se concluiu a reconstrução da Catedral de Sant’Ana. A igreja, de pequenas proporções e planta octogonal, na confluência das antigas ruas do Horto e da Fundição tem fachada colonial em estilo barroco-rococó. No pátio lateral, o poço calçado de pedras superpostas também é do Século 18. Da porta principal da igreja sai, todo o ano, a procissão do Fogaréu, realizada na Quarta-feira de Cinzas, simbolizando a prisão de Cristo. 

A imagem de São Miguel Arcanjo, de Veiga Valle, faz parte do acervo do Museu de Arte Sacra da Boa Morte.   

Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Programa Monumenta / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Tels: (61) 33263911 / 33266864 / 33268907

 

Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin