Olinda, Capital da Cultura, encerra o ano com Show do Quinteto Violado e Elba Ramalho

publicado em 15 de dezembro de 2006, às 15h49

 

O grupo musical Quinteto Violado e a cantora Elba Ramalho, mais uma vez reafirmando a sua parceria que já dura mais de 30 anos, se apresentam em show em Olinda (PE), no Largo do Mosteiro de São Bento, neste domingo, 17 de dezembro, às 17 horas. O evento, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Prefeitura de Olinda, homenageia a cidade no encerramento do ano em que Olinda foi contemplada com o título de primeira capital brasileira da cultura. O superintendente regional do Iphan, Frederico Almeida, estará presente ao evento.

A cidade estreia o projeto Capital Brasileira da Cultura – CBC, que prevê eleger anualmente uma cidade do território brasileiro como referente cultural do país. A iniciativa visa preservar e valorizar a identidade cultural brasileira, baseando-se nas culturas populares. O Iphan e o Programa Monumenta do Ministério da Cultura, atuando em parceria com a Prefeitura, financiaram uma série de projetos culturais que deixaram a cidade em clima de festa.

A conquista do título gerou várias iniciativas para a melhoria da infraestrutura nas áreas cultural, social, turística, ambiental e de lazer da cidade, além de contribuir para a divulgação dos produtos da sua cultura no mundo inteiro, fortalecer o turismo e estimular a autoestima de sua população. Olinda tornou-se a primeira Capital Brasileira da Cultura para 2006 após concorrer com as candidaturas apresentadas por João Pessoa (PB) e Salvador (BA). A cidade de São João Del-Rei, em Minas Gerais, será a Capital Brasileira da Cultura 2007, após concorrer com Mossoró (RN), Mariana (MG), Santa Maria (RS) e Santa Cruz Cabrália (BA).

Os artistas
O Quinteto Violado surgiu em 1971 em Pernambuco e traçou um novo caminho para a música popular brasileira, com sua proposta fundamentada nos elementos musicais da cultura regional, por meio de trabalhos de pesquisa e da própria vivência de cada um dos seus integrantes. O grupo criou uma nova concepção musical, cujo traço característico é a interação entre o erudito e o popular, sem desfiguração, onde se percebe a influência do jazz, por exemplo, em ricos arranjos que exploram a virtuose dos instrumentistas ao máximo. Já são 35 anos de trabalho, intercalados por pesquisas, espetáculos, discos, festivais e excursões internacionais, em países como França, Alemanha, Suíça, Áustria, Iugoslávia, Itália, Portugal, Cabo Verde, Espanha, Peru e Bélgica. A saga do Quinteto Violado percorrendo o Brasil inspirado numa filosofia mambembe, desde o sul, com toda a sua influência nativista, até a Amazônia, onde os ritmos e sons da natureza falam mais alto, está hoje registrada em livro, vídeo e mais de três dezenas de discos lançados no Brasil e no exterior.

Nascida no alto sertão da Paraíba, Elba Ramalho teve a sorte de ter um pai músico, que a despertou cedo para os diversos ritmos do Nordeste: maracatu, xote, frevo, baião, pastoril, caboclinhos e forrós. Gêneros musicais que preservam a pureza de uma cultura eminentemente popular. Ainda que cantasse desde criança, Elba iniciou sua carreira profissional em 1968 tocando bateria no conjunto As Brasas, formado somente por mulheres. A banda se transformou em grupo teatral, mas Elba continuava a cantar e participar de diversos festivais pelo Nordeste. Em 1974, levada pelo Quinteto Violado, a artista trocou a Paraíba pelo sul do país e se estabeleceu no Rio de Janeiro como atriz de teatro, sempre em musicais onde pudesse explorar sua musicalidade. Rapidamente

Elba despontou no meio musical e passou a integrar com justiça o primeiro time da música popular brasileira. Hoje é conhecida e apreciada também no exterior, contagiando todo o público com a sua música e energia.

Nos mais diversos palcos brasileiros e do mundo, ora juntos, ora separados, cantando as coisas que seu Luis Gonzaga ensinou, o Quinteto Violado e sua “afilhada” Elba Ramalho reverenciam Olinda – a Capital da Cultura do Brasil, com cirandas, frevos e maracatus, que farão o povo vibrar e dançar.

O repertório do show em Olinda será formado por clássicos da música popular do Nordeste do Brasil como: “Asa Branca” (Luiz Gonzaga), “Pau de arara” (Guio de Morais), “Acauã” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “O hino da troça da Ceroula”, “Freviola” (Marcelo Melo), entre outras novidades, como “Relógio, caixinha e pião” (Thomas Pedroso e Dudu Alves), “Mata Branca” (Marcelo Melo) e “Frevo de Dudu” (Dudu Alves). Para completar a festa, Elba Ramalho, divide o palco com os violados, prestigiando essa homenagem à “Marim dos Caetés”.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Programa Monumenta do Ministério da Cultura
Fones: (61) 3326-8907 e 3326-8014 

 

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