Monumenta lança inventário do patrimônio cultural potiguar

publicado em 09 de janeiro de 2007, às 15h02

 

O Programa Monumenta, em parceria com a Fundação José Augusto e com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, organizou o inventário do patrimônio cultural da região por meio do projeto Patrimônio Cultural Potiguar em Seis Tempos. O projeto teve como objetivo realizar catalogação, cadastramento, fotografias, descrição técnica e publicação – inclusive em novas mídias – do patrimônio cultural do estado do Rio Grande do Norte.

A solenidade de lançamento de todo o material produzido para o projeto está marcada para esta terça-feira, 9 de janeiro de 2007, na Fundação José Augusto, no Bairro Tirol, em Natal (RN). O inventário, constituído de cerca de quatro mil bens, foi dividido nas seis categorias: arquitetônico, museológico, arte sacra, bens móveis e integrados, artes visuais e patrimônio imaterial. Esse banco de dados será ofertado para universidades, instituições de pesquisa, o Ministério Público e pesquisadores em geral, além de ser disponibilizado pela internet, no site www.fja.rn.gov.br

O turista também será beneficiado pelo projeto, pois foram produzidas cartilhas, folhetos e outras mídias, com mapas e informações sobre o patrimônio cultural potiguar. Em sete locais de grande movimentação como o Forte dos Reis Magos, a Pinacoteca do Estado e os shoppings da cidade serão instalados totens com mapas que irão indicar onde está cada um dos itens catalogados e sua importância para o patrimônio do Estado.

Imaterial
Imaterial, mas não incontável. É assim o patrimônio cultural que vem sendo avaliado e listado por integrantes do projeto Rede Imaterial, uma vertente do projeto Patrimônio Cultural Potiguar em Seis Tempos.

De acordo com o coordenador do inventário do patrimônio imaterial, Helder Macedo, o processo foi desenvolvido com base em bibliografia local e de uma rede que foi formada a partir da internet. Vários historiadores se cadastravam no site da Fundação e mandavam seus conhecimentos através de uma ficha, esse material seria analisado pela equipe de Helder, que contava com três estagiários.

A Unicef cedeu um material que foi catalogado em cada município do Rio Grande do Norte com todas as manifestações culturais locais. Cerca de 600 manifestações foram encontradas, mas a maior parte com informações incompletas, e ao todo, deverão fazer parte do inventário cerca de cem manifestações.

Depois de três meses dessa primeira fase, a equipe passou para a catalogação do que foi encontrado. Além do banco de dados virtual que estará disponível em breve na grande rede, as cartilhas que deverão sair até o final do ano serão bilíngües (português e inglês) e estão na fase de diagramação. Várias fotos de danças e comidas típicas e várias manifestações imateriais ilustrarão os panfletos.

“É difícil fazer um trabalho desse porque demanda tempo e muitas pessoas que querem ajudar não tem a devida noção do que é o patrimônio imaterial de um lugar, mas estamos na fase de colher os frutos e em breve teremos uma noção real de tudo que temos em nosso estado”, afirmou Helder.

Ele explica que a nossa constituição define que patrimônio imaterial são os saberes e ofícios populares, lugares de sociabilidade, festas e celebrações e formas de expressão. “Outro ponto importante é que as pessoas precisam entender que cultura não é o tradicional, o novo também é cultura. O shopping, por exemplo, é um lugar de sociabilidade novo que é também parte do patrimônio imaterial”, defende.

Mais Informações
Assessoria de Comunicação
Programa Monumenta
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Tels: (61) 33263911 / 33266864 / 33268907 / 33268014

 

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