Ebulição cultural na cadeia de Pirenópolis (GO)

publicado em 29 de março de 2007, às 16h29

 

Inauguração da Casa de Câmara e Cadeia, transformada pelo Iphan em um centro cultural, reúne vários setores da sociedade

Pirenópolis (GO) ganhou, nesta terça-feira, 27 de fevereiro, um novo espaço de exposições. É que o Iphan restaurou a Casa de Câmara e Cadeia do município, dando ao imóvel essa nova atribuição. Participaram do evento de entrega da obra o presidente do Instituto, Luiz Fernando de Almeida, a superintendente regional Salma Saddi, o prefeito Rogério Figueiredo, o secretário de Cultura do estado, Nasr Chaul, vários funcionários do Iphan, que vieram de Goiás e da sede, além da comunidade pirenopolina em peso.

A primeira a falar durante a cerimônia foi a superintendente do Iphan, Salma Saddi, que já recebeu o título de cidadã de Pirenópolis. Ela e sua equipe, em parceria com a Prefeitura, organizaram a solenidade. Houve uma mostra fotográfica de imagens do patrimônio histórico brasileiro, de Marco Antônio Galvão; apresentação da tradicional banda Phoenix, que levou animação à porta da cadeia; show do grupo de choro de Goiânia Alma Brasileira; e até fogos de artifício, deixavam os presentes em estado de alerta na hora de cada representante começar o seu discurso.

Antes de entregar ao Prefeito o Termo de Recebimento e o Manual de Manutenção do imóvel restaurado, Salma lembrou que é preciso a construção de uma cadeia pública, para dar prosseguimento ao trabalho realizado. Afinal, um juiz já ameaçou colocar os presos da cidade no novo centro de exposições, pela falta de uma cadeia pública no município.

Satisfeito com o resultado da obra de revitalização, Luiz Fernando de Almeida proferiu: “Vi que os homens que construíram essa Casa de Câmara e Cadeia a fizeram com um tipo de técnica construtiva e de arquitetura que já não estava mais na moda na época. Acredito que foi o espírito público que permitiu que eles fizessem isso. É o espírito público que nos permite olhar uma obra e perceber o que está por trás dela e que coloca o desafio de fazer da cultura um elemento de agregação social, que é o que pretende o Iphan. Queremos permitir que a comunidade faça uso desse novo espaço, e possa ganhar em qualidade de vida”.

E a comunidade já quer dar uso a esse novo espaço. Vera Siqueira, uma senhora de 80 anos nascida em Pirenópolis, conta que a Academia de Letras e Artes local, da qual ela participa quer uma sala para fazerem suas reuniões. Neli da Costa, moradora da cidade, ficou empolgada com a música da banda e saiu com seus quatro filhos para vê-la tocar. “Adoro essa banda, e sempre que posso vou às exposições que aconteciam no escritório do Iphan. Tem fotos, artesanatos, parece que agora vai ficar melhor”.

Após cortarem a faixa de inauguração da casa, todos os presentes entraram para apreciar a mostra de fotos e se reunirem no jardim dos fundos para contemplar o show de música brasileira.

 

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