Iphan publica livro sobre o Tambor de Crioula do Maranhão

publicado em 25 de maio de 2007, às 15h05

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), a Fundação Municipal de Cultura (Func) e o Conselho Cultural Tambor de Crioula do Maranhão reúnem-se hoje, dia 25, com os principais representantes dos grupos de Tambor de Crioula do Maranhão para discutir o pedido de registro da manifestação como Patrimônio Cultural Brasileiro.  Na solenidade, que terá início às 18h, na Fábrica de Artes de São Luís, no bairro da Madre Deus, será feito o lançamento do vídeo-documentário sobre o Tambor de Crioula e do livro Tambores da Ilha – trabalhos coordenados pelo antropólogo do Iphan, Rodrigo Martins Ramassote.

O vídeo faz parte do dossiê referente ao processo de instrução da manifestação cultural no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Imaterial do País e, com o livro Tambores da Ilha, conclui a terceira e última etapa do processo de Inventário Nacional de Referências Culturais desenvolvido pela instituição.

O Tambor de Crioula do Maranhão pode ser a primeira manifestação cultural do Estado a ser registrada como patrimônio imaterial pelo Iphan. Em todo o país, dez bens culturais já foram registrados. São eles: o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES), a Kusiwa – Linguagem e Arte Gráfica da tribo Wajãpi (AP), o Círio de Nazaré (PA), o Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), o Modo de Fazer Viola-de-Cocho (MT), o Ofício das Baianas de Acarajé (BA), o Jongo no Sudeste (RJ), a Cachoeira de Iauaretê – lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri (AM), a Feira de Caruaru (PE) e o Frevo (PE). A outra manifestação maranhense em processo de registro é o complexo cultural do Bumba-meu-boi.

Entenda Mais
O Iphan tem como missão a tarefa de identificar, documentar, proteger, divulgar, restaurar e fiscalizar o patrimônio cultural brasileiro. A partir de 2000, com a promulgação do Decreto 3551, que consolida e sistematiza políticas públicas voltadas para o reconhecimento e valorização do patrimônio cultural de natureza imaterial brasileiro, a instituição vem trabalhando com o reconhecimento e a salvaguarda desses bens - práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas e também os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados e as comunidades, os grupos e indivíduos que se reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.

Os instrumentos jurídicos da política de preservação deste tipo de patrimônio são: o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial – que são inscritos nos Livros de Registro dos Saberes, das Celebrações, das Formas de Expressão e dos Lugares; o Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC e os Planos de Salvaguarda.

O Processo de Registro do Tambor de Crioula do Maranhão como Patrimônio Imaterial teve início no ano de 2005 com a 1ª etapa da pesquisa, sob a coordenação da pesquisadora Valdenira Barros. A segunda etapa ocorreu entre os meses de janeiro e julho de 2006, ainda sob a coordenação da pesquisadora. E a terceira etapa, que teve início em setembro do ano passado, já com a presença do antropólogo Rodrigo Martins Ramassote na coordenação dos trabalhos, na qual foi feita a produção do documentário e do livro.

Vale destacar que o livro traz uma abordagem atual sobre o Tambor de Crioula, devido à inexistência de trabalhos recentemente editados sobre a manifestação cultural. O estudo pioneiro é o livro do professor Sérgio Ferretti, Tambor de Crioula – ritual e espetáculo. Além desta publicação só existem reedições do mesmo e trabalhos acadêmicos que não foram editados.

Serviço:
Solenidade de lançamento do livro Tambores da Ilha e do documentário sobre o Tambor de Crioula para os representantes dos grupos.
Data:
25 de maio de 2007
Horário: 18h
Local: Fábrica de Artes, rua de São Pantaleão, s/n, bairro Madre Deus, São Luís/MA

 

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