Iphan concluiu restauração da Capela do Alvorada

publicado em 02 de maio de 2007, às 15h59

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concluiu, neste mês, as obras de restauração da Capela no Palácio da Alvorada. O trabalho foi realizado pela Superintendência do Iphan em Brasília e custou R$ 285,3 mil. A reinauguração oficial da capela ainda não tem data definida.

De acordo com o superintendente do Iphan, arquiteto Alfredo Gastal, foram restaurados os lambris dourados que revestem as paredes da nave e do altar-mor, a porta principal de alumínio anodizado, as paredes internas em mármore e o piso de granito, além da imagem de Nossa Senhora da Alvorada.

Parte do mobiliário do projeto original da Capela foi refeito, incluindo o altar, projetado por Oscar Niemeyer e os tocheiros desenhados por Athos Bulcão. Wagner Martins, conhecido pela restauração da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, foi quem realizou os principais trabalhos na Capela da Alvorada.

Nossa Senhora da Alvorada, imagem portuguesa, originalmente uma Nossa Senhora da Conceição, do Século 18, que foi rebatizada de Nossa Senhora da Alvorada, foi inteiramente recuperada. A começar pela sua carnação original, que desaparecera sob quatro camadas grosseiras de repintura. No panejamento (panos) optou-se por um tratamento histórico, mantendo-se as marcas do tempo, porém garantindo uma leitura perfeita da peça.

Como a mesa original do altar e os tocheiros não foram encontrados, os técnicos do Iphan optaram por se refazer essas peças. A mesa, projeto de Niemeyer, que era de jacarandá, foi refeita em ipê tabaco, uma vez que o comércio do jacarandá está proibido pelo Ibama. Os quatro tocheiros de Atlhos Bulcão foram redesenhados a partir de fotografias da época. O piso da nave, de granito cinza, também foi recuperado.

Projetado por Oscar Niemeyer, o Alvorada e sua capela tornaram-se um dos ícones da arquitetura moderna brasileira e de sua peculiaridade em relação ao modernismo europeu. Esse Palácio, projetado no fim da Década de 1950, foi símbolo do progresso cultural e técnico do Brasil, no momento em que o País vivia uma ebulição cultural singular, caracterizada, entre outras coisas, pela arquitetura moderna e pela arte concreta. O formato diferenciado dos pilares externos da edificação deu origem ao símbolo e emblema, presente no brasão do Distrito Federal.

A construção de Niemeyer foi batizada por Juscelino Kubitschek e quando questionado sobre o porquê do nome Alvorada, o então presidente da República respondeu com outra questão: "Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?".

Mais Informações:
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