Sergio Fingermann no Museu Nacional de Belas Artes

publicado em 21 de setembro de 2007, às 15h59

 

Em sua primeira exposição individual no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Sergio Fingermann abre a mostra Elogio ao Silêncio no dia 25 de setembro, exibindo uma série de 30 pinturas recentes, realizadas entre 2005 e 2007. O conjunto de trabalhos, óleos sobre tela de grandes formatos, é completado por 3 álbuns de águas-fortes (Elogio ao Silêncio, O Teatro do Mundo e A Fábula e a Verdade), tendo como tema central alegorias da música.

Esses trabalhos nasceram a partir de uma proposição feita ao artista para pintar as nove sinfonias de Beethoven e acabaram dando origem a um conjunto maior de obras, no qual o artista explorou o silêncio como qualidade própria da Pintura (da Vinci dizia que a pintura é “poesia muda”), experiência que deve ser fruída na contemplação, na solidão, nas pausas.

O silêncio dos trabalhos de Fingermann provoca a dança (das imagens), e a leitura cruzada deles constrói novas associações poéticas. O assunto é simples pretexto para articular sensações e apresentá-las, no sentido de evidenciar questões metafísicas da experiência da pintura. As imagens contidas nos quadros convocam sensações de ausência, espanto, estranhamento, desacomodamento do olhar, mistério, transcendência.

Por vezes, essas figurações remetem ao mundo clássico, ideal. Na atmosfera dessas pinturas, nesse mundo, onde os deuses já foram embora, reina a nostalgia e o homem tem que reinventar (redizer) a vida. 

A exposição será acompanhada do lançamento de um livro intitulado Elogio Ao Silêncio e Alguns Escritos Sobre Pintura (Editora BEI, 64 páginas) com textos do artista e apresentação de Manuel da Costa Pinto e Fernando Paixão. Depois do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) exposição seguirá para a Pinacoteca do Estado de São Paulo nos meses de novembro e dezembro.

O gosto pelas artes foi intensificado em Sergio Fingermann a partir dos seus 14 anos, quando inicia estudos de desenho, sob a orientação de Ernestina Karman e depois Yolanda Mohalyi. Em 1979 forma-se arquiteto, mas sempre se dedicou às artes plásticas, em ritmo incessante, tendo atuado até como curador.

Do seu longo currículo  constam mostras no exterior:  integrou coletivas no México,  participou da Bienal de Artes Gráficas em Bradford (Inglaterra, 1982);  da Bienal Internacional de Gravura, Cracóvia, Polônia (1984); da coletiva  Gravura Brasileira, Grand Palais, França (1987);  da coletiva  Arte Contemporânea Brasil-Japão, Museu Central de Tóquio (1990);  foi artista convidado da Bienal de Cuba (1991);  da Bienal do Mercosul (2001) e da coletiva Casa de Cultura Judaica (SP-2004),  entre outras. 

No capítulo das exposições individuais, dentre outras, destacam-se mostras no MASP (1987); no MAM/RJ (1992); nas diversas filiais do Instituto Moreira Salles, a partir de1996 (Poços de Caldas/MG, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e Rio de Janeiro, este último em 2001); na Pinacoteca de São Paulo expôs em 2001. 

Multipremiado, em 1980 Sergio Fingermann ganhou bolsa de viagem ao exterior no Salão Nacional de Artes Plásticas e 7 anos depois recebeu o prêmio de melhor gravador pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.

Sua obra mereceu 3 livros: em 1995, foi lançado Pinturas de Sergio Fingermann, BM&F, São Paulo, SP; em 2001, Fragmentos de um dia Extenso, BEI, São Paulo, SP; e ainda Elogio ao Silêncio e Alguns Escritos sobre Pintura, BEI, São Paulo, SP (em 2007).  Além disso 5 albuns destacaram suas criações, como O Teatro do Mundo (Texto e Gravuras de Sergio Fingermann), São Paulo, SP, em 2005.

Museu Nacional de Belas Artes
End: Av. Rio Branco 199, Cinelância - Rio de Janeiro - RJ

Serviço:
Exposição: Elogio ao Silêncio, de Sergio Fingermann
Data: 
dia 25 de setembro de 2007
Período: de 26 de setembro até 04 de novembro
Visitação: de 3ª a 6ª feira, das 10h até 18h.
Entrada franca

Mais Informações
Assessoria de Imprensa MNBA 
Tel: (21) 2240-0068 r. 18

 

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