publicado em 11 de outubro de 2007, às 14h17

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória, situada na Praça Rodrigues Lima, Largo da Vitória, em Salvador/BA, foi tombada nesta terça-feira (9/10) pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Construída originalmente pelos portugueses, ainda no século do descobrimento, é conhecida por ser a segunda igreja mais antiga do Brasil, depois da Igreja da Graça, também em Salvador. Sua estética foi reformulada para uma linguagem neoclássica em 1910, quando já predominava o movimento do ecletismo.

Em sua fachada branca, repleta de talhas, frisos, guirlandas e festões, encontra-se o clássico frontão triangular greco-romano, sobre colunas. Seus altares guardam grande acervo de imagens barrocas. Suas paredes são adornadas com afrescos dos Passos da Paixão. 4 lápides no interior da igreja foram inscritas, em 1938, no Livro de Tombo das Belas-Artes.

Entorno
O valor paisagístico da Igreja da Vitória foi um dos determinantes para o seu tombamento. Pretende-se trabalhar a relação da igreja com a Baía de Todos os Santos. “O ser humano não percebe apenas coisas, mas relações também”, explica o historiador da arte, Marcus Tadeu Ribeiro. Com esse enfoque, o Iphan vai normatizar os critérios de intervenção em seu entorno.

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