Paisagem Cultural de Canudos
publicado em 18 de dezembro de 2007, às 14h22
José Celso Martinez Correa, do Teatro Oficina, entregará ao ministro da Cultura, Gilberto Gil, e ao presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o pedido formal de reconhecimento da região de Canudos (BA) como paisagem cultural brasileira. O documento será entregue na próxima quarta-feira (19/12), às 15h30, no Gabinete do Ministro da Cultura em Brasília (Esplanada dos Ministérios, Bloco B - 4º andar).
O arraial de Canudos ficava em um Vale, hoje inundado pelo açude de Cocorobó. Sobrou no local apenas o material arqueológico no fundo do lago e, fora dele, alguns vestígios do assentamento do exército. Em 1997, a pedido do então deputado Inácio Arruda (PCdoB/ CE), foi aberto um processo de tombamento da região. A partir de então, o Iphan chegou à conclusão de que seria necessário preservar da história local por meio de outros instrumentos, como o reconhecimento da região como paisagem cultural brasileira.
Paisagem cultural
Esse conceito é utilizado pela Unesco desde a Convenção de 1972 e tem como objetivo o reconhecimento de porções singulares dos territórios, onde a inter-relação entre a cultura humana e o ambiente natural confere à paisagem uma identidade singular. Em 2007, foi instituído esse título no Brasil, com o reconhecimento a região de imigração de Santa Catarina. Essa área é constituída por espaços e tradições remanescentes da peregrinação italiana, alemã, polonesa e ucraniana, principalmente em estradas rurais do estado.
Com a atribuição do título, são conduzidas ações de gestão no local, para a preservação desses valores e dessa história singular. O Iphan ainda irá estudar a região de Canudos para determinar se cabe a chancela de paisagem cultural e se deverá haver também algum tombamento ou registro de patrimônio imaterial.
Leia o pedido de Zé Celso
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