Prédio do Iphan completa 100 anos

publicado em 24 de janeiro de 2008, às 16h32

 

Na próxima segunda-feira, 28 de janeiro, completa cem anos o edifício de número 46 da Avenida Rio Branco, sede da Superintendência Regional do Iphan no Rio.

O antigo Edifício Docas de Santos é um dos remanescentes da primeira fase de construções da Avenida Central – atual Rio Branco –, e um dos mais requintados imóveis comerciais edificados após o Concurso de Fachadas, realizado pelo Prefeito Pereira Passos, em 1905, com apoio do Presidente Rodrigues Alves, para incentivar a construção da avenida.

O prédio foi projetado pelo arquiteto paulista Ramos de Azevedo, autor de inúmeros e importantes projetos na cidade de São Paulo, entre os quais o do Teatro Municipal, o da Santa Casa de Misericórdia e o do Palácio das Indústrias – atual sede do Gabinete do Prefeito. As obras, executadas pela empresa Antônio Januzzi Irmãos & Cia., foram concluídas em 1908, passando o imóvel a abrigar a Companhia Docas de Santos, cujo ramo de atuação - no momento em que se comemorava 100 anos da abertura dos portos - inspirou sua concepção artística, com base em motivos náuticos.

De estilo eclético, possui estrutura mista, em alvenaria e ferro. Na sua fachada em pedra-de-galho – granito da Tijuca – destacam-se, nos dois primeiros pisos, elementos decorativos em cantaria, além de suas imponentes portas de entrada, em jacarandá, confeccionadas pela marcenaria do artesão português M. F. Tunes. As portas-sacadas e as janelas são coroadas por frontões de estilos, alternadamente, renascentista e barroco.

O prédio tem cinco pavimentos e duas lojas, no térreo, dotadas de largas vitrinas em cristal. Nelas funcionam, respectivamente, uma livraria e uma sala de exposições.
Internamente, são detaques as pinturas decorativas no hall de entrada, de autoria do alemão Benno Treidler; a clarabóia, cuja luminosidade gerada a partir do terceiro andar é repassada, de piso a piso, até o térreo, por lajes constituídas por tijolos de vidro; e a escada, em ferro fundido, que perpassa os cinco pisos contornando o elevador de época, ainda em pleno funcionamento.

De propriedade da União, este monumento foi tombado pelo Iphan em 28 de setembro de 1978, por sua importância histórica e artística, e vem sendo ocupado pelo Instituto desde 1986.

Este ano, para comemorar o centenário, o prédio passará por obras de restauração, especialmente no que diz respeito à infra-estrutura, como a recuperação dos elevadores e das instalações elétricas e hidráulicas, entre outras melhorias, para continuar a ser apreciado pelos cariocas e turistas que passam pelo Centro do Rio.

Mais Informações:
Assessoria de Comunicação
Iphan - Programa Monumenta / Ministério da Cultura
Fones: (61) 3326-8907 e 3326-8014

 

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