Monumenta lança livro sobre o Conjunto do Carmo de Cachoeira (BA)
publicado em 08 de janeiro de 2008, às 13h33
O Programa Monumenta, do Ministério da Cultura/ Iphan, lança a publicação bilíngue O Conjunto do Carmo de Cachoeira, sobre a arquitetura barroca do século XVIII da Igreja e Convento da Ordem Primeira do Carmo e da Igreja e Casa de Oração da Ordem Terceira do Carmo, no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O livro, disponível para download no site www.monumenta.gov.br, também está à venda na livraria do Iphan e postos conveniados, como a Livraria da Travessa e o site www.vitruvius.com.br, ao valor de R$ 100,00. Poderá ser obtido pelo telefone (61) 3414-6101 ou e-mail publicacoes@iphan.gov.br.
O livro aborda a história da cidade e do minucioso processo de restauração por que passaram as igrejas e seu amplo acervo de peças sacras, entregues à população em agosto de 2006. Com recursos do Programa Monumenta, já foram restaurados onze imóveis em Cachoeira. Ainda serão restaurados o Quarteirão Leite Alves, que abrigará a primeira Universidade do Recôncavo, o imóvel da Rua Ana Nery nº 2, da Rua Treze de Maio Treze, da Praça Manoel Vitorino nº 12 e cerca de 80 imóveis privados. O Monumenta também vai requalificar as orlas fluviais de Cachoeira e São Félix (cidade em frente). Ao todo, os investimentos no município devem ultrapassar R$ 24 milhões.
Escoadouro de riquezas
Cachoeira surgiu no século XVII, às margens do Rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano. Ela fica ao lado de uma colina, onde havia um primeiro assentamento em torno de um engenho de cana-de-açúcar. O povoado se espalhou pelas margens do rio, onde havia apenas o alambique e a casa de purgar, utilizada para o branqueamento do açúcar.
Seu apogeu econômico ocorreu nos séculos XVIII e XIX, quando seu porto era utilizado para escoamento da produção de açúcar e fumo para a Europa. Por estar entre Salvador e o Sertão, Cachoeira tornou-se um importante entreposto comercial, unindo as duas regiões e facilitando o transporte de alimentos, do gado e de minerais do interior para o litoral.
A significativa presença dos afro-descendentes é um dos motivos para a imensa riqueza e diversidade da cultura popular. A irmandade da Boa Morte, cuja festa se comemora em agosto, é formada só por mulheres e sua origem remonta ao tempo das escravas alforriadas. O evento anual é um dos pontos mais significativos do sincretismo religioso presente até hoje nas comemorações do calendário local.
Hoje a cidade tem cerca de 30.200 habitantes e é considerada o segundo maior conjunto histórico preservado do Brasil, depois de Ouro Preto. Em 1971, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
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