Iphan restaura o Forte de Coimbra

publicado em 11 de fevereiro de 2008, às 15h12

 

Em Mato Grosso do Sul inicia-se neste mês de fevereiro a recuperação do histórico Forte de Coimbra, localizado no distrito de Coimbra, município de Corumbá/MS. Os serviços estão orçados em R$ 330 mil e foram licitados no final de 2007, com prazo de execução de 180 dias.

A edificação é tombada pelo Iphan desde 1974 nos livros do tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. A ocupação de seu sítio, às margens do rio Paraguai e próximo às fronteiras paraguaia e boliviana, data do último quarto do século XVIII e, assim como seu contemporâneo Forte Real Príncipe da Beira (no rio Guaporé, em Rondônia), surge no contexto da fixação de limites entre Portugal e Espanha que culminou em tratados como de Madrid (1750) e Santo Ildefonso (1777).

O Forte pertence ao Exército Brasileiro e é mantido pela 3ª Companhia de Fronteira, unidade militar da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira/Comando Militar do Oeste. Trata-se de um representante da arquitetura militar portuguesa no século XVIII nos sertões ocidentais brasileiros e testemunho da ocupação do território nacional no período de guerras e indefinições.

Sucessivamente atacado por guaicurus no final do século XVIII, por espanhóis em 1801 e por paraguaios em 1864, o Forte de Coimbra passou por diversas recomposições e adaptações, até uma última reforma pelo Exército em 1908; hoje, em terras oficialmente brasileiras e mantido pelos militares, suas muralhas são um testemunho daquele período da história brasileira.

Basicamente estão previstos no Forte a execução de serviços de drenagem, iluminação, tratamento de esgoto, pintura e recuperação de sotéia e respectivo madeiramento; além disso, num âmbito de adaptação para novos usos, também se incluem a instalação de peças para cozinha e sanitários e preparo de espaço para reserva técnica de museu que o Exército mantém nas dependências do Forte. Foram também contemplados os critérios de acessibilidade universal - na medida do possível em se tratando da natureza da edificação.

Para a Superintendente Regional do Iphan em Mato Grosso do Sul, Maria Margareth Escobar Ribas Lima, “a vinculação dos aspectos da preservação com os do aproveitamento por atividades econômicas como o turismo é importante para que o Forte seja adequadamente mantido e ao mesmo tempo conhecido pela população local e pelos visitantes”.

Este aspecto não passou despercebido por instituições no estado. Em apresentação do projeto na sede do Exército em Corumbá com a 18ªSR do Iphan e o General José Carlos dos Santos, Comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, a diretora da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nilde Brun, manifestou interesse na inclusão do Forte Coimbra em roteiros de visitação no estado; também o secretário de turismo da Prefeitura de Corumbá, Carlos Porto, planeja agora uma visita técnica com representantes dos poderes públicos e operadoras de turismos para verificar as potencialidades da região.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan/ Monumenta
Fones: (61) 33268014/ 99720050 / 93330726
helenabrandi@iphan.gov.br

 

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