Certificação "P" para Destinos Patrimoniais

publicado em 06 de março de 2008, às 15h54

 

O especialista do Iphan, arq. Marcelo Brito, acaba de regressar da Espanha onde realizou, na Universidade Complutense de Madrid, pesquisa que analisou a gestão turística de cidades históricas espanholas com bens integrantes da Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.

Sevilha, Córdoba, Granada, Santiago de Compostela e Toledo, além do caso brasileiro de Ouro Preto, foram analisadas.

Foi possível identificar uma série de aspectos que colocam em evidência a necessidade de um processo de planejamento prévio à promoção turística de sítios patrimoniais, a fim de evitar que essa atividade gere efeitos e impactos negativos nessas localidades.

Para ele, o turismo pode se constituir em uma ferramenta importante para auxiliar o processo de preservação do patrimônio cultural.

A falta de instrumentos de gestão – urbana, patrimonial e turística – nessas localidades induz a um aproveitamento turístico, quando ocorre, equivocado ou insatisfatório para todos os setores envolvidos – patrimônio cultural, trade e população.

Para o estabelecimento de um diálogo entre os setores do patrimônio cultural e do turismo, Brito propõe um sistema de certificação “P”, de PATRIMÔNIO, para destinos turísticos patrimoniais.

Este sistema proposto está inspirado a partir da experiência espanhola no desenvolvimento de seu sistema de qualidade turística em destino, apesar dos espanhóis não terem desenvolvido uma certificação patrimonial.

Para ele, uma certificação desta natureza, serviria para assegurar o desenvolvimento sustentável de destinos em sítios patrimoniais, especialmente, de cidades históricas, pelo seu imensurável patrimônio cultural e seu potencial turístico.

Pelo seu aspecto inédito, se bem implementada, poderá dar bons frutos para ambos setores.

Cidades Históricas como Destino Patrimoniais.

 

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