publicado em 17 de junho de 2008, às 15h15

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai receber vasto material fotográfico e documental para enriquecer o dossiê da candidatura da Feira de São Cristóvão a Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O importante acervo está sendo doado pelo repentista Raimundo Santa Helena, que vem colecionando reportagens de jornais e revistas praticamente desde a criação da Feira, e pelos fotógrafos Evandro Teixeira, Roberto Pimenta e Daniel Geller, autores de fotos coloridas e em preto e branco, muitas de trinta anos atrás, todas referentes à época em que o evento ainda ocupava a parte externa do Pavilhão de São Cristóvão.

O ato de entrega, que ocorrerá na tradicional Praça dos Repentistas, no interior da Feira de São Cristóvão, dia 18 de junho, quarta-feira próxima, às 17h30min, contará com a presença do Superintendente do Iphan/Rio, Carlos Fernando Andrade, e será prestigiado pelo músico Robertinho de Recife, por duplas e trios de repentistas da Feira, entre outras figuras de destaque da cultura nordestina. A candidatura já conta com apoio de Elba Ramalho, Raimundo Fagner, Geraldo Azevedo e Alceu Valença.

Caso seja aprovada a inscrição pelo Conselho Consultivo do Iphan, a Feira de São Cristóvão fará parte de um seleto grupo do qual fazem parte a Feira de Caruaru, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o Ofício das Baianas de Acarajé, a Arte Kusiwa dos Índios Wajãpi, o Jongo e o Samba Carioca, entre outros registrados como bens imateriais de valor nacional, garantindo a sua preservação através de Legislação Federal.

A candidatura está sendo organizada por um comitê de feirantes e vem se constituindo numa verdadeira campanha. O Iphan, através da sua Superintendência do Rio de Janeiro, vem prestando o apoio e as orientações necessárias para que o processo seja devidamente embasado. E daqui para frente serão realizados os levantamentos históricos sobre a origem e evolução da Feira, a sua importância nos contextos social, cultural e econômico do bairro e da cidade, enfim, os estudos e pesquisas que venham a referendar a sua inscrição como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

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