Superintendente do Iphan em Pernambuco visita o Vale do Catimbau
publicado em 29 de julho de 2008, às 15h34
Na próxima terça feira, dia 29, o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida, estará em visita ao Parque Nacional do Vale do Catimbau, onde se encontrará com o coordenador do Parque, Francisco Assis de Araújo, analista ambiental do IBAMA, para propor um programa de parceria na preservação e monitoramento dos sítios arqueológicos.
A Superintendência Regional do Iphan em Pernambuco iniciou o projeto de reconhecimento, preservação e socialização de sítios arqueológicos com arte rupestre no Parque Nacional do Vale do Catimbau. As primeiras ações desenvolvidas foram de dimensionamento do patrimônio arqueológico e de diagnóstico do estado de preservação dos sítios.
A equipe de pesquisadores, coordenada pelo Iphan, conta com arqueóloga, geóloga, bióloga e conservadora de sítios rupestres. As pesquisas, ainda em andamento, permitiram levantar o estado atual de conservação dos sítios rupestres e seu entorno, identificando os vetores de degradação, em especial os processos erosivos e as modificações introduzidas pelo homem no meio ambiente, tais como a alteração da cobertura vegetal.
A partir desse panorama estão sendo propostas medidas preventivas e corretivas tanto na dinâmica de visitação aos sítios como nas condições físicas dos abrigos sob rocha. É necessária, por exemplo, a consolidação estrutural das paredes com pinturas, já que muitas apresentam um forte desplacamento, acarretando na perda irreversível desse patrimônio arqueológico pernambucano.
Outro objetivo da ação é tornar o significado da arte rupestre acessível aos visitantes. É importante disponibilizar ao público informações corretas e de longo alcance sobre um bem cultural, tornando a visita uma ocasião memorável e despertando a consciência da necessidade de preservar.
Nesse sentido será implantado um Programa de Educação Patrimonial na forma de aulas interativas e publicações que transmitam o conhecimento que hoje já se possui sobre os homens e mulheres que há milênios ocuparam o Vale do Catimbau, decorando intensamente as paredes de abrigos que por ali são abundantes.
Os guias turísticos e monitores são o alvo preferencial das ações educativas, para que repassem a cada visitante e à população do Vale o significado histórico desses bens culturais.
Os sítios arqueológicos precisam ser trabalhados enquanto parte do patrimônio natural e cultural como um todo, sendo que os abrigos com arte rupestre requerem demarcação como áreas que são alvo de atenção especial.