publicado em 11 de agosto de 2008, às 13h31

Apostando em recursos cenográficos e tecnológicos, o Museu de História do Pantanal (Muhpan) será inaugurado no próximo dia 12 de agosto, em Corumbá (MS). O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, vai participar da cerimônia de inauguração. Cerca de R$ 4,2 milhões já foram investidos na obra que envolveu reformas, reparos e montagem de todo o material.

A proposta do espaço é resgatar a história do Pantanal e estimular o envolvimento da população nas questões de preservação e valorização cultural. O casarão que abriga o museu foi tombado como patrimônio histórico em 1992 e passou por uma restauração que recebeu, além de outros investimentos de empresas parceiras, recursos do Programa Monumenta do Ministério da Cultura, de aproximadamente R$ 192 mil. Sua inauguração aconteceu no ano passado, mas só agora as instalações do Muhpan estarão abertas ao público.

O museu pretende oferecer ao visitante uma experiência sensorial, em um ambiente capaz de envolvê-lo enquanto entra em contato com a história e o imaginário do povo pantaneiro. Para isso vai lançar mão de recursos tecnológicos e muita criatividade. A exposição se inicia no andar térreo, onde foi instalado um túnel de imersão formado por espelhos onde haverá projeções de imagens do Pantanal e trechos dos poemas de Manoel de Barros.

Seguindo pela sala “Os Pantanais”, quem visitar o museu encontrará uma canoa Guató (forte referência ao assoreamento do Rio Taquari), fotos e mapas que retratam as sub-regiões do Pantanal. O primeiro andar apresenta a pré-história como tema, e lá o visitante vai se deparar com fósseis e fragmentos arqueológicos que retratam os primeiros vestígios humanos na região.

Numa ordem cronológica, o roteiro expõe a conquista espanhola, as missões jesuíticas e incursões bandeirantes, passando pela Guerra do Paraguai, a chegada dos imigrantes a Corumbá e as expedições científicas do início do século 20. Aborda ainda fatos do século 20, como a construção da Ferrovia Noroeste, a expansão das atividades pecuárias e a mineração mato-grossense.

A montagem do museu foi realizada pela Fundação Barbosa Rodrigues (FBR), sob a supervisão do Iphan. A ação teve recursos da Lei Rouanet e contou com o patrocínio da Petrobrás e da Votorantim. O projeto conceitual é do pós-doutor em arqueologia Carlos Etchevarne, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e foi executado pelo estúdio paulista Votupoca, do arquiteto Nivaldo Vitorino.

Duas entidades do Mato Grosso do Sul colaboraram para a montagem do acervo. O Departamento de Arqueologia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) doou peças de cerâmica pré-coloniais e artefatos pré-históricos, utilizados pelos habitantes da região há 8 mil anos. O Museu Dom Bosco contribuiu doando peças indígenas. O Iphan e o Moinho Cultural de Corumbá contribuíram com a realização de pesquisas, captação do acervo, fornecimento de logística e mobilização da comunidade para que a mesma participasse da constituição do museu.

Serviço:
Inauguração do Muhpan
Visitação: de terça-feira a domingo das 13h às 18h
Local: Rua Manuel Cavassa, 275, Porto Geral, Corumbá, MS
Telefone: (67) 3232 0303.
Para mais informações acesse: www.muhpan.org.br

Setor de Comunicação e Marketing
Fundação Barbosa Rodrigues
Campo Grande
(67) 3321-3030 ou (67) 9912-6403
Larissa Paraguassu (67) 8152-2060
Sabrina Barros Xavier (67) 8154-8787

Corumbá
Juliano Borges
Setor de Ação Educativa
(67) 3232-0303 ou (67) 9982-8607

Mais informações
ascom@iphan.gov.br
carine.almeida@iphan.gov.br
(61) 9972 0050

Fonte: Ascom