Projeto Barcos do Brasil recebe apoio de vários setores do governo

publicado em 24 de outubro de 2008, às 15h55

 

O lançamento do Projeto Barcos do Brasil, ocorrido no dia 22 de outubro durante a Semana de Ciência e Tecnologia de Brasília, contou com a presença de representantes de vários ministérios que formalizaram a criação do grupo interministerial incumbido de implementar o projeto e o termo de cooperação a ser assinado entre os parceiros.

O projeto visa beneficiar milhares de brasileiros que tiram da pesca o seu sustento e também promover o reconhecimento e a valorização dos modos de vida, tradições e conhecimentos acumulados por gerações, buscando dar uma nova dimensão à atividade.

Um dos participantes do grupo interministerial, Luiz Augusto Caldas, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, lembrou que o MEC tem entre suas metas ampliar a área de formação técnica no país e vê no projeto a oportunidade de abordar as técnicas construtivas navais brasileiras, de modo a resgatar esse conhecimento e fortalecer uma necessária retomada da atividade. Esse é um dos aspectos de interesse comum também à Secretaria de Portos, conforme a opinião de seu Secretário Adjunto, José Di Bella Filho.

Renato Balbim, da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, enfatizou a forte relação que as cidades litorâneas e portuárias possuem com as tradições navais, inserindo a cooperação com o projeto Barcos do Brasil no rol das ações que visam melhorar a qualidade de vida nas cidades.

A SEAP, representada pelo Subsecretário de Desenvolvimento da Aqüicultura e Pesca, Karin Bacha, ressaltou o estímulo que os pescadores e suas famílias devem receber com o projeto.

Rômulo Barreto Mello, Presidente do Instituto Chico Mendes, anunciou a celebração do termo de cooperação com o Iphan e Ministério da Cultura para que lotes de madeiras apreendidas em todo o Brasil possam ser destinados à construção e conservação das embarcações tradicionais e também para obras de restauração do patrimônio cultural tombado.

A Unesco no Brasil também confirmou o apoio ao projeto e seu representante, Vincent Defourny, o considera inovador e totalmente afinado com o que a Unesco vem buscando no mundo: ações que valorizem as manifestações e os contextos tradicionais de vida, resgatando e valorizando técnicas, modos de viver e formas sustentáveis de relação com o meio ambiente.

O Diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Dalmo Vieira Filho, coordenador e idealizador do projeto, salientou que o Iphan tem procurado atualizar sua atuação no país e que a proposta de criação da chancela “Paisagens Culturais Brasileiras” será o instrumento de preservação do patrimônio cultural mais adequado para se trabalhar nos contextos do patrimônio naval no Brasil. 

O encerramento coube a Luís Phelipe Andrés, idealizador de uma das mais bem sucedidas experiências no gênero, o Estaleiro Escola de São Luis do Maranhão. Destacou a importância da criação do Museu Nacional do Mar em São Francisco do Sul (SC), com cerca de 80 barcos de todo o Brasil em tamanho natural. E finalizou lembrando da dedicação de pessoas comprometidas com o patrimônio naval brasileiro, como o Almirante Alves Câmara que, no final do século XIX, mandou reproduzir modelos de antigas embarcações tradicionais. A Coleção Alves Câmara, restaurada por Kelvin Duarte, está no Museu Naval do Rio de Janeiro e foi reproduzida para ser levada em exposições pelo país, como a que acontece na Semana de Ciências e Tecnologia em Brasília até dia 26. A exposição deverá continuar em Brasília até pelo menos o dia 14 de novembro, no 2º andar do Ministério da Agricultura e depois segue em programação por várias cidades do país.

Mais informações
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Iphan/Monumenta
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Fonte: Ascom

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