Lançada a campanha de candidatura do Rio a Patrimônio Mundial

publicado em 14 de novembro de 2008, às 14h31

 

A campanha de candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Mundial, como Paisagem Cultural, foi lançada no último dia 08 de novembro, às 10h, no Forte de Copacabana - Tenda Azul, na capital fluminense. O ministro da Cultura Juca Ferreira, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, estiveram presentes à cerimônia, dentre outras autoridades. 

Aproveitando a ampla cobertura internacional do Rio Summer, evento internacional de moda praia, um conjunto de empresários e lideranças de movimentos sociais do Rio, sob a liderança da Associação de Empreendedores Amigos da UNESCO, decidiu lançar um movimento de apoio à candidatura.

Diversas entidades e seus respectivos representantes assinaram o Manifesto de Apoio, dentre eles, o vice-presidente das Organizações Globo, José Roberto Marinho, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, o presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho, além dos representantes do Afro Reggae, José Júnior, e da Central Única de Favelas (CUFA), MV Bill. 

O manifesto foi entregue às autoridades no dia do lançamento da campanha.  A próxima etapa envolve a preparação de um dossiê, que deve ser elaborado de maneira criteriosa e contar com um plano de manejo eficiente, dentre outras exigências. Uma vez concluída a proposta será submetida à aprovação da UNESCO. 

A candidatura do Rio não inclui a cidade toda, apenas uma área dentro do perímetro urbano que ainda não foi definida. A proposta ainda precisa ser concluída e deve entrar em pauta em 2010. Se for declarado como Patrimônio Cultural da Humanidade (outra designação para os bens aprovados), o Rio de Janeiro será a primeira grande cidade a conquistar o título de Paisagem Cultural.

Segundo Francesco Bandarim, diretor do Centro de Patrimônio Mundial da UNESCO, a principal condição para um bem se tornar patrimônio mundial é a interação entre as três esferas do governo para garantir a conservação do bem após seu tombamento. Ele ressalta ainda que o título não é vitalício e que anualmente existe o controle para checar se há preservação e se as exigências estão sendo cumpridas. 

Para Luiz Fernando de Almeida, o título é um reconhecimento do valor universal da paisagem, e também um compromisso partilhado. Ele afirma que ainda não há nenhum lugar com uma paisagem cultural urbana considerada Patrimônio da Humanidade. O reconhecimento do valor cultural e material de um bem são fatores que podem propiciar desenvolvimento com sustentabilidade, fomentando assim as indústrias do turismo, cultura e entretenimento, entre outras. 

Mais informações:
ascom@iphan.gov.br
(61) 3326.8907//9972.0050//3414.6194

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