Cidades resgatam seus carnavais

publicada em 03 de março de 2009, às 15h05

 

Neste último carnaval, cidades apostaram na sua própria história e decidiram proteger o patrimônio e valorizar os ritmos locais em tempos de folia. A prioridade foi valorizar o festejo típico de cada região, até mesmo para criar uma identificação com os turistas em busca de outros jeitos de se brincar o carnaval.  

Um dos exemplos foi dado por Mariana (MG), que pretende entregar no final desse ano à UNESCO um dossiê em que pedirá o seu reconhecimento como patrimônio histórico e cultural da humanidade. Nesse documento, a cidade não deixará de colocar como prioridade a realização de seu carnaval tradicional, com direito a marchinhas, sambas antigos e atuais, alegorias artesanais e envolvimento da comunidade. 

Na Bahia, o carnaval de Maragogipe - localizada a 133 km de Salvador – também deve ser tombado em breve como patrimônio imaterial do estado. Lá, os moradores se fantasiam de pierrôs, magos e diabos para desfilarem. A presença de bandas de sopro pelas ruas animando o carnaval também é uma característica marcante da cidade.

As cidades históricas goianas também não ficaram para trás e decidiram adotar as marchinhas como único gênero musical da folia deste ano. Em Goiás Velho e Pirenópolis, os trios elétricos e carros com som alto foram proibidos nos centros históricos. 

Em Pirenópolis, a tradicional banda de música regional Phoenix puxou o desfile de blocos nas ruas do centro. Já em Goiás, uma banda formada por policiais militares entoando músicas antigas de carnaval foi a responsável pela animação.

Outra demonstração de proteção ao patrimônio foi dada pela cidade de Recife. A prefeitura instalou tapumes e cercas em vários pontos da cidade para evitar o vandalismo durante o carnaval. As Praças Sérgio Loreto, no bairro de São José e Joaquim Nabuco, em Santo Antônio, além das igrejas Madre de Deus e Santo Antônio foram alguns dos locais protegidos. O trabalho foi feito em conjunto com o Iphan que auxiliou na vistoria dos monumentos. 

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan
Fones: 33268907/ 3326-6864/ 9972 0050
ascom@iphan.gov.br 
www.iphan.gov.br

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