São Paulo recebe exposição fotográfica e lançamento do CD Jongo no Sudeste

publicada em 15 de julho de 2014, às 14h09

 

São Paulo vai receber no próximo dia 2 de agosto a exposição fotográfica e o lançamento do CD Jongo no Sudeste. São 50 imagens que mostram as rodas, danças e o bater dos tambores da forma de expressão.

As imagens foram feitas pelo fotógrafo Reinaldo Meneguim nos municípios de Guaratinguetá, São José dos Campos, Campinas e Piquete no período de janeiro a fevereiro de 2013. O evento é uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O CD e a exposição fotográfica são resultados do trabalho realizado entre os detentores do saber e o Iphan dentro das ações que são desenvolvidas no estado de São Paulo.

Programação:
•Lançamento do CD: Jongo do Sudeste – SP

•Abertura da Exposição: Fotos Reinaldo Meneguim;

• Roda de Jongo: Associação Quilombola (Guaratinguetá), Jongo do Tamandaré (Guaratinguetá), Jongo Mistura da Raça (São José dos Campos), Jongo de Piquete (Piquete), Jongo Dito Ribeiro (Campinas);

•Roda de Conversa: com os jongueiros Jefinho Alves, Lúcia Oliveira, Laudeni de Souza, Alessandra Ribeiro, Gilberto Silva, representantes do poder público local, representantes do Iphan.

Sobre o Jongo
O Jongo é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. É realizado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais. Acontece em festas juninas, festas do Divino, celebrações de santos católicos e divindades afro-brasileiras e nos dias 13 de maio para lembrar a abolição da escravatura.

É uma forma de louvar os antepassados, consolidar as tradições e afirmar identidades. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua Bantu.

No Brasil, o Jongo passou a ser praticado entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba. É uma forma de comunicação desenvolvida durante a escravidão. Serviu também como estratégia de sobrevivência e circulação de informações codificadas de fatos acontecidos entre os antigos escravos.

O Jongo sempre esteve em uma dimensão marginal, onde os negros falam de si e da sua comunidade, através da crônica e da linguagem cifrada. É também conhecido pelos nomes de tambu, batuque, tambor e caxambu, dependendo da comunidade que o pratica.

O Jongo do Sudeste foi reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2005, dentro da categoria de Patrimônio Imaterial e abrange comunidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Em São Paulo, foram contemplados por ações de salvaguarda do Iphan os grupos: Jongo de Quilombolas e Jongo do Tamandaré do município de Guaratinguetá, Jongo de Piquete do município de Piquete, Jongo Mistura da Raça do município de São José dos Campos e Jongo Dito Ribeiro do município de Campinas.

Serviço:
Exposição fotográfica e lançamento do CD Jongo no Sudeste - SP
Data:
02 de Agosto de 2014
Horário: 19 horas
Local: Av. Angélica, 626 – Santa Cecília – São Paulo/SP

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