Inventário Nacional de Referências Culturais vai ser apresentado para comunidade de Goiás

publicada em 06 de junho de 2014, às 12h45

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai fazer um fórum informativo sobre Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) da Cidade de Goiás e Entorno. O evento vai acontecer no próximo dia 09 de junho. O objetivo é informar a comunidade sobre o que é o INRC e quais os resultados preliminares alcançados até o momento pela pesquisa realizada no Município de Goiás.

O INRC da Cidade de Goiás e Entorno
Visando conhecer melhor os elementos culturais que compõem cidade de Goiás, a Superintendência do Iphan em Goiás iniciou, em fevereiro deste ano, a execução do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do município. Além da cidade de Goiás, a área a ser inventariada abrange, ainda, os Distritos, Povoados e Aglomerados de: Uvá, São João, Lajinha, Calcilândia, Buenolândia, Davidópolis e Arraial do Ferreiro, cuja proximidade possui elementos comuns relacionados à história de ocupação territorial e formação sociocultural.

O INRC é uma metodologia de pesquisa desenvolvida pelo Iphan para produzir conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade para determinado grupo social.

Nesse sentido, conforme apresentado pelo Manual de Aplicação do INRC, que foi elaborado pelo Iphan no ano 2000, as Referências Culturais podem ser: “as edificações, as paisagens naturais. São também as artes, os ofícios, as formas de expressão e os modos de fazer. São as festas e os lugares a que a memória e a vida social atribuem sentido diferenciado: são as consideradas mais belas, são as mais lembradas, as mais queridas. São fatos, atividades e objetos que mobilizam a gente mais próxima e que reaproximam os que estão longe, para que se reviva o sentimento de participar e de pertencer a um grupo, de possuir um lugar. Em suma, referências são objetos, práticas e lugares apropriados pela cultura na construção de sentidos de identidade, são o que popularmente se chama de raiz de uma cultura”.

A equipe de pesquisa contratada pelo Iphan é composta por profissionais especializados no campo de patrimônio cultural, e está sob a coordenação da Prof.ª Nei Clara de Lima, ex-diretora do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás. A equipe conta também com a participação de profissionais moradores da cidade de Goiás. O objetivo principal do projeto é identificar os ofícios e modos de fazer, as celebrações, as formas de expressão, os lugares e as edificações que serão apontadas como referências culturais pelos moradores da cidade e dos povoados e distritos envolvidos.

A qualidade deste INRC depende da participação da comunidade, pois são os sujeitos detentores dos bens culturais e que vivenciam o cotidiano do espaço pesquisado, aqueles capazes de mostrar aos pesquisadores o que pode ser identificado como referência cultural. O desenvolvimento deste Inventário será permanentemente supervisionado pelo Iphan em cooperação técnica da Prefeitura Municipal da Cidade de Goiás, por intermédio da Secretaria de Cultura. O resultado do INRC tem por fim a implementação de políticas públicas que propiciem a salvaguarda e continuidade histórica das manifestações culturais, considerando sua relevância para a memória, a identidade e a formação das relações socioculturais da sociedade goiana como um todo.

Patrimônio Mundial da Humanidade, a Cidade de Goiás revela belezas naturais e culturais de um estado que muito contribuiu na formação da identidade do povo brasileiro.

Desde sua fundação, em 1937, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atua na preservação, proteção e divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro. No município, e em todo o Estado, o Iphan-GO vem desenvolvendo diversas ações, que incluem obras, oficinas, ações educativas e inventários sobre as mais variadas manifestações culturais e ritos tradicionais das comunidades goianas. Para a presidenta do Iphan, Jurema Machado, os resultados do trabalho realizado confirma a relevância da implantação de uma gestão compartilhada do Patrimônio Cultural. Segundo ela, “a Superintendência do Iphan no estado conta com o entusiasmo e a dedicação da comunidade e da prefeitura na proteção da cidade de Goiás, o que é um estimulo permanente, fazendo com que essa unidade do Iphan se destaque como uma das mais criativas e eficazes do nossa Instituição".

Os segredos e a tradição que envolvem os deliciosos doces de frutas cristalizadas, o pastelinho (sobremesa típica com massa que reproduz o formato do empadão goiano recheada de doce de leite) e o alfenim (doce de origem árabe, confeccionado com goma de farinha e água, em que imagens delicadas são esculpidas), além da Semana Santa, com sua já bem conhecida Procissão do Fogaréu, estão sendo estudados no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do município de Goiás. Os trabalhos começaram em fevereiro deste ano com o objetivo de conhecer melhor os elementos culturais que compõem cidade. A área a ser inventariada abrange também os distritos, povoados e aglomerados de Uvá, São João, Lajinha, Calcilândia, Buenolândia, Davidópolis e Arraial do Ferreiro, já que, pela proximidade, possuem elementos comuns relacionados à história de ocupação territorial e formação sociocultural. “A proposta do Inventário é identificar, mapear e pesquisar as diversas manifestações culturais de natureza imaterial que ocorrem na cidade de Goiás, indo além da já conhecida Procissão do Fogaréu e da rica gastronomia local. Queremos conhecer melhor aquelas manifestações ainda preservadas pela comunidade, inclusive nos distritos e povoados que compõem o município, bem como entender as relações que existem entre elas. Um dos desdobramentos já esperados com o Inventário é instruir o processo de Registro da Semana Santa como patrimônio cultural brasileiro”, explica a Superintendente do Iphan-GO, Salma Saddi.
 
A riqueza do Patrimônio Cultural na cidade de Goiás
O INRC é uma metodologia de pesquisa desenvolvida pelo Iphan para produzir conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que constituem marcos e referências de identidade de um grupo social. O objetivo principal do projeto é identificar os ofícios e modos de fazer, as celebrações, as formas de expressão, os lugares e as edificações que serão apontadas como referências culturais pelos moradores da cidade e dos povoados e distritos envolvidos.

Como a qualidade do INRC depende da participação da comunidade, a equipe está em contato com os detentores dos bens culturais que vivenciam as manifestações diariamente e são capazes de mostrar aos pesquisadores o que pode ser identificado como referência cultural. O resultado do INRC vai também possibilitar a implementação de políticas públicas que propiciem a salvaguarda e continuidade histórica das manifestações culturais. Todo o trabalho é supervisionado pelo Iphan-GO em cooperação técnica com a Prefeitura Municipal de Goiás, por intermédio da Secretaria de Cultura.

A procissão do Fogaréu
Introduzida em Goiás pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, em meados do século XVIII, a Procissão do Fogaréu encena a prisão de Jesus Cristo. Tem início à meia noite da quarta-feira santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, à porta da Igreja da Boa Morte, na praça principal da cidade. Os penitentes, vestidos em indumentária especial e representando soldados romanos, seguem para a escadaria da Igreja do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa. Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão de Cristo, que é representado por um estandarte de linho pintado em duas faces, obra do artista plástico oitocentista Veiga Valle.

Delícias de dar água na boca!
A grande poetisa de Goiás, Cora Coralina, era também uma doceira de mão cheia. Além de descrever em seus versos as delícias da culinária goiana, passou adiante as receitas de seus doces cristalizados. São limõezinhos-galegos recheados com doce de leite, os doces cristalizados de figo e de mamão maduro, passas de caju, e muitos outros. Também fazem parte do inventário do Iphan, os pastelinhos e o alfenim.

Serviço:
Fórum Informativo sobre o INRC da Cidade de Goiás e Entorno
Data:
09 de junho de 2014
Horário: 14hs
Local: Secretaria Municipal de Cultura de Goiás, sala Frei Nazareno Confaloni, Largo do Rosário, nº1, Goiás-GO.

Mais informações para a imprensa:
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