Iphan proíbe palcos de grande porte em sítios históricos na Bahia

publicada em 30 de abril de 2010, às 12h14

 

O patrimônio histórico de Salvador ganhou mais uma ferramenta para a preservação. A superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Bahia (Iphan-BA) publicou nota técnica definindo normas para a realização de eventos que possam provocar danos aos bens e conjuntos tombados como patrimônio histórico e cultural. O assunto foi tema do encontro do superintendente Carlos Amorim com o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, e é resultado de uma série de debates sobre a favelização do Largo do Pelourinho, com a armação de grandes palcos que permanecem no local por semanas.  

O superintendente explica que o Iphan-BA orienta as intervenções em bens e conjuntos tombados e em sua vizinhança. Pelo documento, as intervenções não devem prejudicar a visibilidade do bem tombado; o período de permanência de equipamentos e instalações provisórias, anúncios e cartazes, palcos, dentre outros, não deve ser tal que traga prejuízo à apropriação da paisagem local pela comunidade e seus visitantes; não serão permitidas intervenções que proponham a utilização do monumento como pano de fundo; e é proibida a montagem de palco de grande porte para a realização de eventos nas áreas protegidas federalmente, entre outras providências. 

Carlos Amorim cobrou do vice-prefeito a posição municipal em relação às normas técnicas para a preservação do patrimônio. Ele sugeriu que Salvador promova uma reunião das cidades que são Patrimônios Mundial com a presença do Comitê da Unesco, “para que se tenha uma idéia da importância e abrangência de uma cidade ser declarada patrimônio universal, como a capital baiana”, disse o superintendente do Iphan-BA.

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