Iphan vai restaurar forro da Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões de Ouro Preto

publicada em 15 de abril de 2010, às 14h45

 

Já está em andamento o processo para a licitação da empresa que irá atuar no restauro do forro da nave da Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, em Ouro Preto, Minas Gerais. Esta será mais uma etapa do trabalho que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) começou em setembro de 2008, a partir de compromisso assumido pelo Instituto com a Paróquia. Ainda naquele ano foi contratado o projeto para recuperar a cobertura e, em setembro de 2009, contratada a obra em andamento com recursos da ordem de R$ 290 mil. Agora, com a nova obra, serão investidos mais R$ 350 mil na recuperação do templo, sendo todos de recursos próprios do Iphan.

A necessidade de restaurar também o forro da nave surgiu com o decorrer dos trabalhos no telhado. A pintura central simples estava em avançado estado de degradação, provocado pelas infiltrações de água do telhado e, principalmente, pela deterioração da madeira. O forro será desmontado e a madeira será tratada, passando por imunização total, antes de recolocação das peças.

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões
Construída no alto de uma colina entre 1740 e 1772 e tombada pelo Iphan em setembro de 1939, a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões, também conhecida como Mercês de Baixo, é um edifício com grossas paredes de pedra e cunhais de cantaria. A Irmandade de Nossa Senhora das Mercês e Perdões instalou-se em 1743 e permaneceu e ali no local até 1760, quando o Padre José Fernandes Leite vendeu aos Irmãos a capela de Nosso Senhor Bom Jesus dos Perdões. 

Há uma lenda curiosa, ligada a essa igreja. Conta-se que Antônio de Oliveira Leitão, um nobre família tradicional paulista e juiz em Ouro Preto, apunhalou a própria filha que estava noiva e sob suspeita de infidelidade. Foi preso e processado, e sua mulher, Dona Branca, recorreu ao Bom Jesus dos Perdões para quem mandou erguer a capela. Parte dessa história é confirmada pela carta do Conde de Assumar a Dom João V, comunicando a prisão do juiz e fazendo alusão ao fato. A igreja passou a ser chamada pela comunidade como Mercês de baixo para não criar confusão com a outra, de Nossa Senhora de Mercês e Misericórdia, conhecida como Mercês de cima.

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