Presidente do Iphan visita obras de restauro em Belém do Pará

publicada em 12 de abril de 2010, às 15h39

 

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, visitou as obras que estão sendo realizadas pelo Programa Monumenta/Iphan e pela superintendência do Iphan-PA na cidade de Belém. Ele caminhou pelo prédio do Mercado Francisco Bolonha, que faz parte do complexo Mercado Ver-o-Peso. Luiz Fernando de Almeida também esteve na Igreja de Santana, no Centro de Belém.

O Mercado Francisco Bolonha, também conhecido como Mercado de Carne, é um dos trabalhos que o Programa Monumenta desenvolve no município, em conjunto com a prefeitura de Belém. A obra, que será entregue ainda este ano, com investimentos de R$ 3,8 milhões. Já a Igreja de Santana está sendo restaurada com recursos do Iphan. Este ano, o instituto já viabilizou R$ 2 milhões para concluir a restauração do monumento. O montante está sendo investido em itens que não foram beneficiados nas etapas anteriores da obra, como as fachadas, consistório e secretaria, implantação de sistemas de segurança, sonorização, iluminação e prevenção e combate a incêndio, restauração de bens móveis e aquisição de mobiliário interno. Com o trabalho do Iphan, a igreja será entregue à comunidade totalmente restaurada.

O Mercado Francisco Bolonha
A Casa do Ver-o-Peso foi construída em Belém no ano de 1625. No local, a fiscalização conferia o peso exato das mercadorias e cobrava os impostos para a coroa portuguesa. Hoje, o famoso Mercado do Ver-o-Peso é um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas como o Mercado de Ferro, o Mercado da Carne, a Praça do Relógio, a Doca, Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira. O conjunto foi tombado pelo Iphan, em 1977.

A construção do Mercado Francisco Bolonha ocorreu em 1867. Era um prédio em alvenaria destinado ao comércio de hortaliças, cereais, farinha, carne, pescado e os chamados objetos estranhos, como roupas e quinquilharias, que eram totalmente diferentes dos outros produtos comercializados no local. O segundo pavimento foi construído em 1904 e, no ano seguinte, melhorias de higiene e comodidade foram implantadas no imóvel. No entanto, com o passar dos anos, a ocupação irregular dos espaços trouxe grandes danos à construção. 

Mais de um século depois, o Mercado de Carnes pode ser visto novamente com o brilho e a beleza que marcou o trabalho do engenheiro Francisco Bolonha que, em 1905, garantiu ao imóvel melhores condições de higiene e comodidade. O Programa Monumenta restaurou todo o prédio, passando pela cobertura, forros, pisos, alvanarias e esquadrias.

A Igreja de Santana
Uma das mais frequentadas de Belém, a Igreja de Santana foi construída no século XVIII a partir do projeto do arquiteto italiano Antônio José Landi. A obra começou em 1762 mas só foi concluída em 1782. O interior da igreja tem a forma de uma cruz grega e na fachada ainda está o grande frontão em forma de arco, conforme o projeto original. O edifício é tombado pelo Iphan.

Vários problemas de conservação que apareceram ao longo dos anos levaram o Iphan, com o apoio da prefeitura de Belém, a desenvolver o projeto de restauração. A partir de um orçamento de R$ 250 mil, com recursos do Iphan e do Ministério da Cultura – MinC, em 2003 teve início a primeira etapa do restauro, contemplando serviços emergenciais nos telhados, cúpula e zimbório, fachadas frontal e lateral direita.

A segunda etapa da restauração do monumento foi entre 2004 e 2006 novamente com investimentos do orçamento do Iphan e MinC, no valor de R$ 930 mil. Nesta fase, os trabalhos incluíram a demolição dos anexos extemporâneos, restauração da capela-mor e do coro, implantação de projeto elétrico e de iluminação na capela-mor.

Em 2007, a igreja recebeu mais uma etapa de obras, desta vez com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES, por meio da lei federal de incentivo à cultura, de R$ 1,237 milhão. As obras foram realizadas na nave, capelas do transepto, vestíbulo e batistério e foram concluídas 2009. No mesmo ano, o Iphan investiu mais R$ 480 mil no restauro das duas telas das capelas do transepto, sacristia e capela de Adoração ao Santíssimo.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan 
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 2024-5449
www.iphan.gov.br

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