publicada em 25 de maio de 2010, às 11h59

A Diretora-Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, durante a cerimônia de apresentação das futuras instalações do Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio, destacou a beleza e a importância do edifício Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, para a cultura e a política brasileiras. Irina Bokova está no Brasil participando do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, que acontece até o dia 29 de maio. Ao lado do ministro da Cultura, Juca Ferreira, que este ano ocupa a presidência do Comitê do Patrimônio Mundial, e do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, ela conheceu o Palácio Gustavo Capanema e a história de sua construção. 

O edifício abrigará o Centro de Formação, aprovado na 35ª Conferência Geral da UNESCO, em Paris, no ano passado. A unidade integrará a rede internacional de centros de Categoria II dedicados à formação de gestores do Patrimônio. De iniciativa do Iphan, terá como missão estratégica a capacitação profissional de quadros da administração pública de 17 países de língua portuguesa e espanhola da América do Sul, da África e da Ásia. As atividades do Centro serão voltadas à observância das Convenções da Unesco para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural - 1972; para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial - 2003; e para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais - 2005. Outro foco de atuação será o aperfeiçoamento dos sistemas de gestão dos bens localizados nos 17 países atendidos e inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. 

Para atingir esses objetivos, as ações previstas deverão auxiliar no processo de formação profissional de quadros gerenciais voltados para a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas no campo do patrimônio. Também impulsionarão as pesquisas aplicadas, o intercambio técnico e científico e a formação de uma biblioteca de referência e de um observatório de gestão dessas políticas.

Entre as prioridades do Centro estarão o desenvolvimento metodológico e a busca da excelência na gestão, sobretudo dos sítios do Patrimônio Mundial; a aplicação e a difusão dos princípios e das diretrizes das Convenções da UNESCO; a celebração de acordos regionais e bilaterais e a cooperação para o fortalecimento das instituições de âmbito nacional e local; e a construção de uma rede de agentes dedicados à gestão do patrimônio cultural nos países da região.

A administração do Centro estará a cargo do Ministério da Cultura, por meio do Departamento de Articulação e Fomento – DAF do Iphan. Sua implementação será orientada por um Projeto de Cooperação Técnica e Financeira definido em parceria com a Representação da UNESCO no Brasil. No desenvolvimento de suas atividades, o Centro deverá ainda estabelecer estreita colaboração com Portugal e Espanha, e contar com o apoio e cooperação dos ministérios brasileiros das Relações Exteriores, da Educação e da Ciência e Tecnologia, além de universidades e centros de pesquisa e ensino nacionais e internacionais. 

O Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio deverá atuar considerando o seguinte conjunto de países:
América do Sul:
Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela

África: países lusófonos e hispânicos:
Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial – país hispânico e membro associado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa - CPLP.

Ásia: país lusófono:
Timor-Leste

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan 
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 2024-5449
www.iphan.gov.br