publicada em 20 de maio de 2014, às 13h38

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou a primeira etapa do Projeto MAPEO - Criando Condições para Iniciativa de registro binacional (Brasil- Colômbia) da rota de transformação dos povos indígenas do Noroeste Amazônico. O Evento aconteceu com a presença de representantes do Instituto, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e do Instituto Socioambiental (ISA). O objetivo do projeto é de proteger os bens culturais indígenas do Noroeste da Amazônica, na fronteira Brasil- Colômbia.

O acordo de intercâmbio cultural entre os dois países foi criado em 1963. Desde então, Brasil e Colômbia vêm criando mecanismos de cooperação e compartilhando interesses comuns na proteção da Amazônia.

As ações para resguardar a cultura indígena são de iniciativa dos dois países, sendo instituições governamentais, não governamentais e organizações próprias aos povos indígenas da região. O foco da proteção do patrimônio cultural está nas regiões das bacias da fronteira dos rios Caquetá/ Japurá, Negro/ Guinía e Alto Orinoco.

Foram quatro anos de pesquisas para que o projeto chegasse a sua primeira etapa.  Foram várias reuniões em Leticia (Colômbia) e Tabatinga (Brasil) para discutir a Cartografia Cultura no Noroeste Amazônico e os acordos técnicos de identificação e reconhecimento do patrimônio.  Acesse aqui a Cartografia dos Sítios Sagrados.

O resultado dos encontros foi uma agenda conjunta de trabalho entre os dois países. A prioridade foi à elaboração de uma expedição para percorrer os lugares sagrados da história de origem dos povos da região que falam a língua tucano oriental.

A segunda etapa do projeto deverá ser entregue em 2015. Os próximos passos serão refazer a viagem sagrada dos índios fortalecendo as ações de salvaguarda, para que sejam reconhecidos como elementos fundamentais para a preservação.