Iphan e ICMBio instalam Comitê Técnico Interinstitucional para desenvolver candidatura de Paraty

publicada em 01 de junho de 2010, às 15h17

 

Em articulação com parceiros como a Prefeitura de Paraty, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Roberto Marinho, reiniciam-se os trabalhos para o desenvolvimento do dossiê de Paraty à Lista do Patrimônio Mundial.

Encontro envolvendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade – ICMBio, a Prefeitura de Paraty, o INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Roberto Marinho, acaba de ser realizado, dando início aos trabalhos do Comitê Interinstitucional para desenvolver o dossiê para a candidatura da cidade de Paraty a Patrimônio Mundial junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. A sua criação, conforme Portaria Interinstitucional n.º 02/2009, atendeu à recomendação do Comitê do Patrimônio Mundial que aconselhou que a candidatura de Paraty fosse reapresentada considerando-a como um bem misto, ou seja, que reúne valores excepcionais e universais, tanto naturais quanto culturais.  O parecer da IUCN – International Union for Conservation of Nature, órgão assessor da Unesco para bens naturais, foi decisivo para orientar a posição da delegação brasileira no Comitê do Patrimônio Mundial sobre essa questão. 

Caso a UNESCO aprove o título de Patrimônio Mundial, Paraty será o único bem na América Latina e do Caribe reconhecido como sítio misto, em que estão presentes de modo peculiar a relação entre o sítio histórico urbano e a natureza. Atualmente, apenas três bens mistos foram declarados Patrimônio Mundial na região. São eles o Parque Nacional de Tikal, na Guatemala (1979), o Santuário Histórico de Machu Picchu, no Peru (1983), e o Parque Nacional de Rio Abiseo, no Peru (1990). 

O assessor de Relações Internacionais do Iphan, Marcelo Brito, destaca que o “grande desafio está em estabelecer com precisão e clareza os valores universais excepcionais do bem a serem redefinidos e cuja denominação e dimensão deverão ser revisadas, à luz dos critérios de valoração tanto cultural quanto natural que possam expressar esses valores”. Segundo ele, a expectativa do Comitê Interinstitucional é avançar na elaboração do dossiê sobre Paraty para que seja avaliado pelo Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO em 2012, quando a Convenção do Patrimônio Mundial comemora 40 anos.

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