Água pura e cristalina no centro histórico de Laguna

publicada em 30 de julho de 2010, às 13h56

 

Os 334 anos de fundação de Laguna, em Santa Catarina, foram comemorados com muita água. A Fonte da Carioca, no centro histórico, foi reinaugurada após as obras de restauro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A fonte abastece a população, com água pura e cristalina, desde os tempos do império. Na solenidade, o coordenador nacional adjunto do Programa Monumenta/Iphan, Robson Almeida, comparou o centro histórico de Laguna a uma jóia preciosa, principalmente, agora com a fonte histórica. Para garantir a saúde da população, ele afirma que foi comprovada cientificamente, como vertente de água potável.

Com arquitetura portuguesa nas cores azule branca, a Fonte da Carioca foi construída em 1863 e ampliada em 1906. Estudos comprovam que são produzidos dois milhões de litros de água por mês. Com a obra, foram colocados 150 metros de canos de aço inoxidável que chegam a oito torneiras públicas do mesmo material. Para a acessibilidade de cadeirantes e pessoas idosas, uma torneira foi instalada num espaço sem degraus. 

As paredes de tijolo do prédio que protege a fonte foram trocadas por vidros. Assim a população pode visualizar o espaço histórico. Uma nova iluminação completa a beleza do espaço que hoje tem capacidade para armazenar 40 mil litros de água mineral. O projeto da prefeitura de Laguna foi executado pelo Iphan com recursos de F$ 224 mil, seguindo as normas do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.

Fonte dos namorados
Na época da colonização, Laguna tinha três fontes de água que abastecia a cidade. A fonte da Figueirinha, onde Anita e Guiseppe Garibaldi teriam se conhecido, a de Campo de Fora e a da Carioca, a única preservada ainda hoje. Esta fica ao lado da Casa Pinto Ulysséa. Na época, a água jorrava apenas de uma pequena bica, até 1863, quando a estrutura foi construída por escravos. O nome de Fonte dos Namorados surgiu por causa dos muitos namoros que começaram no local, já que eram comuns os passeios das famílias que levavam água para casa.

Em 1876, com autorização do presidente da Província de Santa Catarina, João Capistrano Bandeira, uma associação conseguiu cinco mil reis para encanar as águas da Carioca e leva-la até as proximidades das docas para abastecer as embarcações. Um chafariz foi construído para encher os barris. Cada 20 litros de água gerava 500 réis para a sociedade. Depois de 10 anos da organização, canos e o chafariz foram entregues para o poder municipal. Os canos podem ser ainda encontrados, já o chafariz foi destruído. Durante muitos anos, a água da fonte foi canalizada para prédios públicos e para uma fonte ao lado do antigo Mercado.

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