Brasília como patrimônio mundial moderno foi tema de debate

publicada em 29 de julho de 2010, às 15h34

 

A capital brasileira, que comemora este ano seu cinqüentenário, foi a primeira cidade do mundo a ser tombada como patrimônio moderno. Para discutir o tema, participaram de debate promovido pelo jornal Correio Braziliense o arquiteto italiano, diretor-geral adjunto de Cultura e diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Francesco Bandarin; o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida; e a arquiteta e professora da Universidade de Brasília - UNB, Sylvia Ficher. 

Francesco Bandarin ressaltou que Brasília é o maior exemplo de que o moderno também pode ser patrimônio, colocando-o no mesmo nível de importância de um centro antigo. Bandarin também falou sobre os problemas típicos de patrimônios modernos, sendo um deles os materiais e as estruturas utilizadas tanto para construção como restauração das obras. “Brasília é um lugar muito representativo para este tipo de investigação”, afirmou Bandarin, que também coordena os trabalhos da 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. O evento com duração de 10 dias, sediado este ano em Brasília, é a maior reunião da UNESCO. Estão na cidade delegações de 188 dos 193 países que fazem parte da Organização, o que demonstra, segundo o presidente do Iphan, a vocação da cidade para decisões de políticas não só a nível nacional, mas internacional. 

No entanto, um dos desafios apontados por Luiz Fernando foi o de mais que preservar e divulgar o patrimônio brasiliense é necessário o equilíbrio entre conservação e criação. “O Iphan foi criado com o pensamento dos modernistas da época, que viram a importância de se construir um futuro, mas reconhecendo e protegendo as raízes, o passado”, afirma. Um dos pontos polêmicos do debate, apresentado pela arquiteta e palestrante Sylvia Ficher, foi a da necessidade do automóvel para locomoção na capital, e as mudanças realizadas na cidade para se adaptar a grande quantidade de veículos. Uma das soluções apontadas no encontro foi a de uma gestão mais efetiva por parte do poder público. Luiz Fernando de Almeida lembrou que o tombamento não é a única forma de gestão do território, e que os cidadão devem estar atentos a estas questões para proteger a cidade.

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Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
Adélia Soares - adelia.soares@iphan.gov.br
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