Comunidade de Diamantina recebe oficina-escola de restauro

publicada em 13 de julho de 2010, às 14h46

 

Um espaço para difundir o conhecimento e preservar o patrimônio cultural. Foi assim que o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, definiu a oficina-escola José Lopes de Figueiredo, inaugurada nesta terça-feira, dia 13 de julho, em Diamantina, Minas Gerais. O espaço é uma parceria do Iphan e da prefeitura municipal e tem como objetivo abrigar a equipe de obras que atua nos reparos e restaurações na cidade. O nome da escola é uma homenagem ao um antigo mestre da equipe, que por mais de 40 anos dedicou sua vida à cultura, ao patrimônio e à arte. Entre 1938 e 1974, José Lopes de Figueiredo trabalhou na equipe de obras do Iphan, participando da manutenção e restauração de diversos monumentos, como as igrejas do Carmo, de São Francisco e do Rosário e de diversas peças sacras. O mestre também era poeta e compositor. Depois de aposentado, de tanto desmontar instrumentos, aprendeu a construí-los, fabricando com as próprias mãos, na oficina de sua casa, violões, violinos, violas e inventando outros instrumentos que utilizava em suas composições e nas famosas serestas de Diamantina. Sua oficina serviu também para repassar as técnicas de seu ofício a filhos e netos, que trabalham na preservação do patrimônio cultural.

Durante a inauguração da oficina-escola, Luiz Fernando de Almeida ressaltou a importância do conhecimento para perpetuar a cultura. “Este lugar é a prova de que o conhecimento que José Lopes dividiu com os colegas de trabalho é extremamente importante e fundamental para garantir a proteção ao patrimônio cultural”, ressaltou o presidente do Iphan. De acordo com ele, atualmente, Diamantina é a única cidade no Brasil a contar com um espaço dedicado a uma equipe de obras, que conta com funcionários do Iphan e da prefeitura, para atuar em restauração estrutural e arquitetônica, além de executar reparos em bens tombados. O galpão abrigará também uma marcenaria completa e as madeiras apreendidas pelo IBAMA e demais órgãos ambientais com a participação do Ministério Público, que serão usadas nas obras realizadas em Diamantina.

Também no dia 13 de julho, a comunidade de Diamantina recebe o Cine-Teatro Santa Izabel que está instalado no prédio da antiga Cadeia Velha. Com investimentos de R$ 1,7 milhão, o Programa Monumenta/Iphan, em parceria com a prefeitura de Diamantina, recuperou o prédio da Cadeia Velha, restaurando a fachada e requalificando o imóvel para a implantação de um espaço cultural. O Iphan investiu ainda mais R$ 600 mil para a aquisição das poltronas, sonorização e vídeo, mobiliário administrativo, iluminação cênica e vestimentas cênicas.

A festa em Diamantina continua com o lançamento do livro Igreja de São Francisco de Assis em Diamantina, da Coleção Grandes Obras e Intervenções, do Programa Monumenta/Iphan. A publicação é uma minuciosa pesquisa desenvolvida pela professora Selma Melo Miranda a respeito da história da Igreja de São Francisco de Assis, desde sua construção por iniciativa da Ordem Terceira em 1766, com o registro de todas as intervenções e obras de restauro que o monumento recebeu. A última intervenção foi concluída em 2008 pelo Programa Monumenta que promoveu uma ampla restauração do monumento, tombado em 1949.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Adélia Soares - adelia.soares@iphan.gov.br 
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-5449 / 2024-5459

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