Projeto do Centro Regional de Formação do Rio é tema de reunião multilateral

Representantes do governo do Brasil, Argentina, Angola, Cabo Verde, Colômbia, Equador, Espanha, Portugal e Venezuela e da UNESCO participaram na tarde deste sábado (31), em Brasília, de um novo encontro sobre o projeto de implantação do Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio na cidade do Rio de Janeiro. O coordenador do projeto, Cyro Corrêa Lyra, deu início à reunião com uma apresentação sobre o perfil e os objetivos traçados para a unidade brasileira que fará parte do conjunto de seis centros de categoria 2 ligados à UNESCO. Além da localização estratégica em meio a diversos equipamentos culturais, Lyra destacou a perspectiva de avaliação nos próximos anos da proposta de inscrição do Rio na Lista do Patrimônio Mundial.

Ao longo da reunião, os participantes expuseram suas expectativas com relação às atividades do Centro. Para a chefe da Seção da América Latina e Caribe do Centro do Patrimônio Mundial, Nuria Sanz, o estabelecimento da unidade no Brasil representa uma oportunidade de articulação com base em uma "geografia móvel", moldada pelo "afeto" e pelas estreitas relações históricas e culturais entre os países, em um modelo capaz de dinamizar o sistema de cooperação internacional até agora orientado essencialmente pela coordenação central da UNESCO.

O Centro Regional de Formação do Rio, que será administrado pelo Ministério da Cultura, por meio do Departamento de Articulação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), funcionará no Palácio Gustavo Capanema, e terá como missão estratégica a capacitação profissional de quadros da administração pública de 17 países de língua portuguesa e espanhola da América do Sul, da África e da Ásia. 

O conjunto de países engloba, na América do Sul: Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela; na África lusófona e hispânica: Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial; e na Ásia: Timor-Leste.

As ações previstas para o Centro deverão auxiliar no processo de formação profissional de quadros gerenciais voltados para a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas no campo do patrimônio. Também impulsionarão as pesquisas aplicadas, o intercâmbio técnico e científico e a formação de uma biblioteca de referência e de um Observatório de Gestão do Patrimônio.

Além dos países abrangidos em sua região, o Centro realizará ainda ações de intercâmbio e colaboração com Portugal e Espanha, bem como os demais centros congêneres existentes na China, Noruega, México, África do Sul e Bahrein. Com estas unidades, o Brasil propõe a constituição da chamada Rede Colaborativa de Centros de Formação Categoria 2.
 

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