Jongo é tema de encontro na cidade de Vassouras (RJ)

O jongo, manifestação cultural registrada pelo Iphan em dezembro de 2005, no livro das formas de expressão, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, será o tema central de um grande encontro que acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de outubro em Vassouras/RJ, com a participação das comunidades jongueiras de toda a região sudeste. A abertura será anunciada às 18 horas com um cortejo desde o Memorial Manuel Congo, erguido em homenagem ao líder da maior rebelião de escravos ocorrida na região Vale do Paraíba, até o fórum da cidade.

O objetivo do evento, denominado a “Noite do Jongo” e realizado anualmente desde 2008, é fomentar o intercâmbio de informações entre os participantes, além de traçar metas para o próximo ano de atividades do Pontão de Cultura do Jongo / Caxambu localizado na região, um projeto do Ministério da Cultura, desenvolvido pelo Iphan em parceria com a Universidade Federal Fluminense. 

O Vale do Paraíba foi escolhido para sediar o evento por ser uma das regiões que concentra o maior número de comunidades jongueiras; e a cidade histórica de Vassouras, por sua grande importância durante o Ciclo do Café, período rico em manifestações culturais africanas.

O evento terá a participação de 95 jovens e 32 lideranças jongueiras -- dois de cada comunidade integrante do Pontão, localizadas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. Também contará com 4 oficinas, nas quais os temas Hip Hop, Samba de Roda, Percussão e Circo serão igualmente discutidos. 

O destaque ficará por conta de uma grande roda de jongo que acontecerá às 18h do sábado, dia 23, na Praça Barão do Campo Belo, centro de Vassouras, com a apresentação dos grupos de Barra do Piraí, Pinheiral, Piraí (Arrozal), Quilombo São José da Serra (Valença) e da própria cidade. Uma plenária de jovens jongueiros complementará a programação.

Jongo
O jongo, também conhecido como Tambu, Tambor e Caxambu, é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. Por seu intermédio, os membros da comunidade atualizam suas crenças nos ancestrais e no poder da palavra. 

O canto, baseado em provérbios, metáforas e mensagens cifradas, permite aos praticantes relatarem os acontecimentos do cotidiano e reverenciarem os antepassados. Presente em todos os estados do sudeste brasileiro, é uma herança cultural dos grupos bantos da África Meridional que foram trazidos ao Brasil para trabalhar como escravos nas fazendas de café, entre os séculos XVI e XIX. Atualmente, ainda está presente em periferias urbanas e em algumas comunidades rurais da região.

Mais informações: 
Assessoria de Imprensa Iphan-RJ 
Tel. 21 2233-6334, com Chico Cereto (21-9127-7387) 
Escritório Técnico do Iphan no Médio Paraíba –Tel. 24 2471-2624.

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