Iphan (RN) prepara novas instalações em Natal
Superintendência deve transferir suas instalações para outro imóvel. Atual endereço vai abrigar Escritório Técnico, Casa do Patrimônio, Comitê Gestor e Câmara Técnica
A Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Norte (Iphan-RN) conta agora com mais um recurso que permitirá a fiscalização sistemática da área tombada do Centro Histórico de Natal, reconhecido como bem do Patrimônio Cultural brasileiro no início de dezembro. Nesta quinta-feira (23), a União atribuiu ao Iphan-RN a guarda provisória de um imóvel localizado na avenida Duque de Caxias, no bairro da Ribeira.
O local deverá ser adaptado para a transferência da sede do instituto na cidade. Com isso, o outro imóvel atualmente ocupado na rua da Conceição, na Cidade Alta, dará lugar ao Escritório Técnico do Centro Histórico, à Casa de Patrimônio e à sede do Comitê Gestor e da Câmara Técnica responsáveis pela gestão da área de proteção federal.
Os projetos de manutenção e adaptação da casa na Ribeira já estão em fase de elaboração. A edificação possui 600 metros quadrados e é constituída de porão, pavimento térreo e solário. O imóvel serviu inicialmente como residência da família Aranha, proprietária de uma tradicional livraria no centro da cidade, a Cosmopolita.
Embora sua data de construção seja incerta, segundo os documentos do processo existente na Secretaria de Patrimônio da União -- SPU, o prédio foi transferido por herança em 1947 aos filhos de Fortunato Aranha. Cinco anos depois, foi adquirido pela Importadora Severino Alves Bila S/A e, em 1968, foi comprado pela União, passando então a abrigar a sede do Instituto do Açúcar e do Álcool.
Com a extinção do Instituto em abril de 1990, o patrimônio foi incorporado novamente à União. Em seguida o prédio foi cedido ao Ministério da Educação, que o utilizou até 1997. Dois anos depois, foi a vez da Procuradoria da Fazenda Nacional armazenar seus documentos históricos no local.
Segundo a Superintendente da SPU no RN, Yeda Cunha de Medeiros Pereira, trata-se do único prédio em Natal que dispõe de um solário e de ventilação subterrânea -- ou seja, o prédio é suspenso e o vento corre livremente sob o piso, com a intenção de diminuir a temperatura interna da estrutura.