No terceiro dia da Reunião do II Ciclo do Informe Periódico para América do Sul, foi apresentado um questionário sobre bens do Patrimônio mundial aos representantes dos 10 países. A reunião que acontece na cidade do Rio de Janeiro, desde a última segunda feira, é uma realização do Iphan em parceria com o Centro do Patrimônio Mundial.

O objetivo do questionário é atualizar as informações sobre os bens culturais e naturais reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Mundial. A metodologia para o preenchimento do documento está sendo coordenada pela Chefe da Unidade para América Latina e Caribe do Comitê do Patrimônio Cultural da UNESCO, Nuria Sanz.

Segundo o assessor de Relações Internacionais do Iphan, Marcelo Brito, a sistematização das informações, através do Informe Periódico, podem contribuir na formulação de uma estratégia nacional para gestão de sitos do Patrimônio Mundial no Brasil. “O Brasil atualmente é signatário da Convenção da UNESCO de 1972, com 10 bens culturais e 7 naturais. A atualização do informe periódico gera informações novas e sugestões importantes para elaboração de estratégias de salvaguarda e preservação dos bens do Patrimônio Mundial, com também dos bens de valor nacional”, avalia. 

O Brasil ratificou em 1977, a Convenção de 1972 da UNESCO para Preservação do Patrimônio Natural e Cultural. O país inscreveu seu primeiro bem na Lista do Patrimônio Mundial em 1980, o sitio Histórico de Ouro Preto, situado em Minas Gerais.

Já para Chefe do Parque Histórico Nacional das Missões, Candice Ballester, o questionário vai permitir uma avaliação dos valores e critérios do estado de conservação e da gestão dos Bens do Patrimônio Mundial. “É um instrumento bem interessante para reflexão dos modelos de gestão dos sítios históricos no Brasil, que vão além dos valores excepcionais dos bens inscritos, como prevê na Convenção da UNESCO.”

De acordo como a Diretora Nacional do Instituto Nacional do Patrimônio Cultural do Equador, Inês Pazmiño, está é uma oportunidade importante para seu país, que está passando neste momento de transformações nas políticas voltadas para o patrimônio. “É um aporte importante para reafirmar as políticas de patrimônio no Equador. Estamos desconcentrando as políticas de patrimônio nacionais junto aos governos locais, através de incentivos para que haja uma maior motivação nas políticas locais de patrimônio”, complementa.

O II Ciclo do Informe Periódico para América do Sul segue até sexta feira, com a participação de 44 representantes brasileiros, entre gestores de bens culturais e naturais do patrimônio mundial e representantes do Iphan. Além do Brasil, estão presentes representantes dos governos e dos patrimônios mundiais da Bolívia, Peru, Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador, Paraguai, Colômbia e Chile. 

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